Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/1288
Autor(es): Bianchini, Ana Maria
Título: Subnotificações de doenças e agravos relacionados ao trabalho : proposta de ação junto a uma equipe de estratégia saúde da família em um município do Vale do Taquari / RS.
Data do documento: 2016
Protocolo CEP: 1.514.603 26/04/16
Resumo: Apresentam-se resultados parciais de pesquisa-ação desenvolvida em Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Lajeado, Rio Grande do Sul. O estudo teve como tema Educação Permanente em Saúde (EPS) com equipe de uma ESF a partir das subnotificações de doenças/agravos relacionados ao trabalho. A ESF tem papel relevante para a incorporação da Política de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (STT), pois é porta de entrada do trabalhador na Rede de Atenção quando necessita de cuidado. A necessidade de mudança, transformação ou crescimento vem da percepção de que a maneira vigente de fazer ou de pensar está insatisfatória ou insuficiente para dar conta dos desafios do trabalho em saúde. A pesquisa teve como objetivo geral identificar se dentre as pessoas de 18 a 69 anos que foram atendidas na ESF na 47ª semana epidemiológica de 2015 houve a suspeita da relação do adoecimento com o trabalho ou não, e promover ação de EPS com a equipe, focando nas atividades de notificação em Saúde do Trabalhador (ST). O projeto obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC, podendo ser visualizado através do Parecer Consubstanciado nº 1.514.603. Iniciou-se por estudo retrospectivo descritivo desenvolvido em abril e maio de 2016, analisando prontuários eletrônicos da ESF. Em 116 prontuários obtidos, evidenciou-se inexistência de notificações e foram encontrados 22 prontuários com possível relação entre trabalho e adoecimento. As informações sobre ocupação, sintomas/queixas, classificação do adoecimento - CID 10 - encontradas nos prontuários clínicos, foram associadas ao grau de risco de ambientes e processos de trabalho, conforme Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Os dados encontrados foram apresentados à equipe em junho de 2016, para reflexão. Destaca-se que a maioria dos presentes referiu não ter conhecimento na área da ST e desconhece as políticas Nacional e Estadual STT, bem como a obrigatoriedade das notificações. Os que referiram conhecê-las afirmaram que a sobrecarga de trabalho impede a anamnese detalhada do atendido e acabam por não suspeitar da relação com o trabalho. Sendo assim, os profissionais da ESF não utilizam os formulários de notificação em ST, originando a subnotificação dos agravos. Haverá continuidade da pesquisa em cinco encontros trimestrais, com metodologia participativa. Por fim, considera-se que as notificações possibilitam aprofundar o conhecimento dos motivos pelos quais os trabalhadores adoecem ou morrem e agir sobre causas e determinantes através da elaboração de estratégias de promoção e prevenção, controlando e enfrentando, de forma integrada, os problemas de saúde coletiva relacionados com o trabalho. É dever do serviço de saúde notificar acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Reconhecidas as dificuldades e a sobrecarga de trabalho das equipes de saúde, é provável que, mesmo suspeitando, a equipe não se sinta responsável, delegando a responsabilidade a outros setores e serviços. Assim, reforça-se a necessidade de realizar processos de EPS com os profissionais da Atenção Básica nesse município. A partir de um novo olhar sobre a relação saúde-trabalho espera-se introduzir e/ou ampliar as práticas em Saúde do Trabalhador.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Curso de Pós-Graduação Especialização em Saúde do Trabalhador
Tipo de obra: Trabalho de Conclusão de Curso
Assunto: Saúde da família
Educação permanente - Saúde
Saúde do trabalhador
Lajeado (RS)
Orientador(es): Macedo, Maria Luisa de
Aparece nas coleções:Trabalhos de Conclusão

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