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dc.contributor.authorFischborn, Aline Fernanda-
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.titleTrabalho e autonomia dos trabalhadores em saúde : uma análise a partir da estratégia de saúde da família na Região 28 de Saúde (RS).pt_BR
dc.date.issued2016-
dc.degree.localSanta Cruz do Sulpt_BR
dc.contributor.advisorCadoná, Marco André-
dc.degree.departmentPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regionalpt_BR
dc.description.abstractThe issues addressed in this thesis involve the theme work and autonomy at work in health. This is a study that attempts, on the one hand, the historical process of implementation of the Unified Health System (SUS) in Brazil and its implications on the work and the working conditions of health workers. On the other hand, given the transformations that, since the last decades of the twentieth century, occurring at work and forms of work organization as a result not only of an intense scientific-technical revolution and different organizational innovations, but fundamentally the how these technical-scientific and organizational changes are integrated into the historical dynamics of development of the capitalist social formations, particularly the Brazilian social formation. The implementation of SUS, from the 1990s, occurred in a historical context in which came to live side by side and not without humanization projects contradictions of health services, with a view to recovery of health workers and building spaces of professional autonomy, and projects of restructures in public services that are guided by the perspective not only of deregulation, privatization and flexibility of labor relations, but also the pursuit of efficiency and quality in health services guided by references that constituted within a logic of capital appreciation and therefore to intensify the forms of control over the work and on workers. Thus, the research problem is aimed at following question: how, from concrete contexts of organization of work of the Family Health Strategy, health workers face the existing dilemmas between professional autonomy and establishing control standards, standardization and standardization of work processes? The analysis of the autonomy of health workers was theoretically based on the contributions of the philosopher Cornelius Castoriadis and historian Edward Thompson and takes the category of experience as a central category in the analysis of the presented problem. The methodological approach that supports the thesis is historical materialism. The research subjects were health workers who work in the Family Health Strategy of the municipalities in Region 28 Health of Rio Grande do Sul and that make up the core team of Family Health, which are: doctor, nurse, nursing technician and Community health workers, totaling 266 participants. In addition to these health workers also participated in the three data collection municipal administrators and three members of the Municipal Health Councils in the municipalities of Santa Cruz do Sul, Venancio Aires and Vale do Sol; Finally, the manager of the 13th Regional Health Coordination was also the subject of research. The research techniques adopted are based on the "data triangulation," adopting the following research techniques: search form, semi-structured interviews and observations. Added to these techniques, there was a documentary and secondary data analysis, in particular by IBGE, DataSUS and CNES in order to check the structure of the labor market in the Region 28 Health. Through this theoretical and methodological contribution and performed field research the concrete health work spaces, the thesis that is defended is that there are macro-social conditions, but also linked to the own historical and regional experience of organization of health services that guide the action of the workers. These constraints limit the employee to act according to the principles recommended by the SUS. It is noticed that despite being limited the autonomy of spaces at work, they are not absent. In the contradictory movement and dialectic between subjectivity and objectivity worker builds spaces of autonomy, always conquered by active action, set in historical collective struggles of health workers in the country. Thus, the analysis of these issues has taken presupposed a possible autonomy, which can not be considered independent of internal and external constraints involved in health work process.pt_BR
dc.description.notaInclui bibliografia.pt_BR
dc.subject.otherCastoriadis, Cornelius, 1922-1997pt_BR
dc.subject.otherThompson, E. P. (Edward Palmer), 1924-1993pt_BR
dc.subject.otherSistema Único de Saúde (Brasil)pt_BR
dc.subject.otherSaúde da famíliapt_BR
dc.subject.otherSaúde do trabalhadorpt_BR
dc.subject.otherPessoal de saúdept_BR
dc.subject.otherQualidade de vida no trabalhopt_BR
dc.subject.otherMédicospt_BR
dc.subject.otherEnfermeirospt_BR
dc.subject.otherAgentes comunitários de saúdept_BR
dc.subject.otherAutonomia profissionalpt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11624/1322-
dc.date.accessioned2016-11-30T17:55:39Z-
dc.date.available2016-11-30T17:55:39Z-
dc.degree.grantorUniversidade de Santa Cruz do Sulpt_BR
dc.description.resumoAs questões abordadas na presente tese envolvem o tema trabalho e autonomia no trabalho em saúde. Trata-se de um estudo que atenta, por um lado, ao processo histórico de implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil e suas implicações sobre o trabalho e sobre as condições de trabalho dos trabalhadores em saúde. Por outro lado, atenta às transformações que, desde as últimas décadas do século XX, ocorrem no trabalho e nas formas de organização do trabalho, em decorrência não somente de uma intensa revolução técnico-científica e de diferentes inovações organizacionais, mas, fundamentalmente, do modo como essas transformações técnico-científicas e organizacionais são integradas na dinâmica histórica de desenvolvimento das formações sociais capitalistas, em especial da formação social brasileira. A implantação do SUS, a partir dos anos 1990, ocorreu num contexto histórico no qual passaram a conviver lado a lado e não sem contradições projetos de humanização dos serviços de saúde, numa perspectiva de valorização dos trabalhadores de saúde e de construção de espaços de autonomia profissional, e projetos de reformas nos serviços públicos que se orientaram pela perspectiva não somente da desregulamentação, da privatização e da flexibilização das relações de trabalho, mas, também, da busca de eficiência e de qualidade nos serviços de saúde pautada por referências que se constituíram dentro de uma lógica de valorização do capital e, por conseguinte, de intensificação das formas de controle sobre o trabalho e sobre os trabalhadores. Assim, o problema de pesquisa se objetivou na seguinte pergunta: como, a partir de contextos concretos de organização do trabalho da Estratégia de Saúde da Família, os trabalhadores em saúde enfrentam os dilemas existentes entre a autonomia profissional e o estabelecimento de padrões de controle, de normatização e de padronização dos processos de trabalho? A análise sobre a autonomia dos trabalhadores em saúde foi fundamentada teoricamente a partir das contribuições do filósofo Cornelius Castoriadis e do historiador Edward Thompson e toma a categoria de experiência como uma categoria central na análise da problemática apresentada. A abordagem metodológica que sustenta a tese é o materialismo histórico. Os sujeitos da pesquisa foram os trabalhadores da saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família dos municípios da Região 28 de Saúde do Rio Grande do Sul e que compõem a equipe básica de Saúde da Família, quais sejam: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitário de saúde, totalizando 266 participantes. Além desses trabalhadores em saúde, também participaram da coleta de dados três gestores públicos municipais e três conselheiros dos Conselhos Municipais de Saúde dos municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vale do Sol; por fim, o gestor da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde também foi sujeito da pesquisa. As técnicas de pesquisa adotadas basearam-se na ―triangulação de dados‖, adotando-se as seguintes técnicas de pesquisa: formulário de pesquisa, entrevistas semiestruturadas e observações. Somadas a essas técnicas, houve a análise documental e de dados secundários, em especial através IBGE e do DataSus, a fim de verificar a estruturação do mercado de trabalho na Região 28 de Saúde. Através desse aporte teórico e metodológico e da pesquisa de campo realizada nos espaços concretos do trabalho em saúde, a tese que é defendida é de que há condicionantes macrossociais, mas, também, vinculados à própria experiência histórica e regional de organização dos serviços de saúde que balizam a ação dos trabalhadores. Tais condicionamentos limitam o trabalhador a agir conforme os preceitos preconizados pelos SUS. Percebe-se que apesar de serem limitados os espaços de autonomia no trabalho, eles não são ausentes. No movimento contraditório e dialético entre subjetividade e objetividade o trabalhador vai construindo espaços de autonomia, sempre conquistados através de uma ação ativa, inseridas em lutas coletivas históricas dos trabalhadores em saúde no País. Assim, a análise dessas questões tomou como pressuposto uma autonomia possível, a qual não pode ser pensada independente dos condicionamentos internos e externos implicados no processo de trabalho em saúde.pt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – Mestrado e Doutorado

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