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http://hdl.handle.net/11624/1962
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Almeida, Ísis Lopes de | - |
dc.type | Dissertação de Mestrado | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.title | Humorismo e epicidade em Almas mortas e Tarás Bulba. | pt_BR |
dc.date.issued | 2018 | - |
dc.degree.local | Santa Cruz do Sul | pt_BR |
dc.contributor.advisor | Gai, Eunice Piazza | - |
dc.degree.department | Programa de Pós-Graduação em Letras | pt_BR |
dc.description.abstract | In this dissertation, we propose to interpret Dead souls and Taras Bulba, two works of Nikolai Gogol, in the light of the aspects of humor and the epic. We note that, in both narratives, these aspects do not cancel each other, but coexist, and this relationship, that implies contrasts and ambiguities, differs from the epic genre considered by the literary canon. This point, we emphasize that, although Gogol has appropriated elements from the old epics to compose his works, Dead souls and Taras Bulba do not constitute classic models of the epic genre, because they present different facets when they dialogue mainly with the element of laughter. What they express, in our view, is an epic essence. In the same way, the Gogolian texts do not fall into the tradition of comedies, since the comic and ridiculous manifestations embodied by their characters do not separate from the noble character of the epic sentiment. Therefore, we believe that, in Gogol’s work, both humor and epic are parts of the same perspective on the world. About our method, we prefer to designate it as an interpretive attitude toward works, as a perspective that allows us to “listen” to texts. On the basis of the principles of hermeneutic philosophy, we do not put ourselves above the Gogolian work in order to impose a certain point of view on it, but we listen to what it has to say to us and, thus, we let it take us all over power of senses. Therefore, our reading of Dead souls and Taras Bulba, as well as Gogol’s poetics, does not mean an objectivist reading, but a sensitive to the complexity of the human condition. In addition, aiming to broaden our interpretive horizons of Gogol’s work, we consider the theoretical and critical perspectives of authors such as Richard Palmer about the hermeneutic question, by Emil Staiger about the epic genre, as well as the platonic and aristotelian conceptions with reference to comedy and epic, by Vladimir Propp, D. C. Muecke and Søren Kierkegaard on the various facets of laughter, and Mikhail Bakhtin in relation to the point of view of carnivalization in Gogol’s narratives, among others. Finally, we would like to emphasize that, with its caricatures and elements of the popular comic culture, Gogol awakened a worldview essentially geared to the Russian people and to the depths of the soul, focusing on what is trivial and low, but also essential in life human. In this way, Gogol’s work instigates us to look at ourselves, and this is one reason why we read and study it. Constantly, we seek answers to what we are, and, in a way, Gogol’s insightful eye shows us some directions. | pt_BR |
dc.description.nota | Inclui bibliografia. | pt_BR |
dc.subject.other | Gogol, Nikolai Vasilévich, $d 1809-1852 - Crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.other | Humorismo | pt_BR |
dc.subject.other | Literatura russa - História e crítica | pt_BR |
dc.subject.other | Literatura épica - História e crítica | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/11624/1962 | - |
dc.date.accessioned | 2018-03-21T11:44:57Z | - |
dc.date.available | 2018-03-21T11:44:57Z | - |
dc.degree.grantor | Universidade de Santa Cruz do Sul | pt_BR |
dc.description.resumo | Nesta dissertação, propomo-nos a interpretar Almas mortas e Tarás Bulba, duas obras de Nikolai Gógol, à luz dos aspectos do humorismo e da epicidade. Observamos que, em ambas as narrativas, estes aspectos não se anulam, mas coexistem, e que essa relação, que implica em contrastes e ambiguidades, diferencia-se do gênero épico considerado pelo cânone literário. Isto posto, destacamos que, embora Gógol tenha se apropriado de elementos oriundos das antigas epopeias para compor suas obras, Almas mortas e Tarás Bulba não constituem modelos clássicos do gênero épico, pois apresentam facetas distintas ao dialogarem principalmente com o elemento do riso. O que elas expressam, segundo nosso ponto de vista, é uma essência épica. Do mesmo modo, os textos gogolianos também não se enquadram unicamente na tradição das comédias, visto que as manifestações cômicas e ridículas encarnadas por suas personagens não se separam do caráter nobre do sentimento épico. Por conseguinte, acreditamos que, na obra de Gógol, tanto o humorismo como a epicidade são partes de uma mesma perspectiva sobre o mundo. Sobre nosso método, preferimos designá-lo como uma atitude interpretativa frente às obras, como uma perspectiva que nos permite a "escuta" dos textos. Com base nos princípios da filosofia hermenêutica, não nos colocamos acima da obra gogoliana a fim de impor-lhe determinado ponto de vista, mas escutamos o que ela tem a nos dizer e, assim, deixamos que ela nos tome em toda a sua potência de sentidos. Portanto, nossa leitura de Almas mortas e de Tarás Bulba, assim como da poética gogoliana, não significa uma leitura objetivista, mas sensível à complexidade própria da condição humana. Ademais, almejando ampliar nossos horizontes interpretativos da obra de Gógol, consideramos as perspectivas teóricas e críticas de autores como Richard Palmer sobre a questão hermenêutica, de Emil Staiger sobre o gênero épico, além das concepções platônicas e aristotélicas com referência à comédia e à epopeia, de Vladímir Propp, D. C. Muecke e Søren Kierkegaard a respeito das várias facetas do riso, e de Mikhail Bakhtin em relação ao ponto de vista da carnavalização na obra gogoliana, entre outros. Por fim, salientamos ainda que, com suas caricaturas e elementos da cultura cômica popular, Gógol despertou uma visão de mundo essencialmente voltada ao povo russo e às profundezas da alma, focalizando aquilo que há de trivial e de rasteiro, mas também de essencial na vida humana. Desse modo, a obra de Gógol nos instiga a olhar para nós mesmos, e este é um dos motivos que nos levam a lê-la e a estudá-la. Constantemente, buscamos respostas para aquilo que somos, e, de certo modo, o olhar perspicaz de Gógol mostra-nos algumas direções. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Letras – Mestrado e Doutorado |
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