Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/2003
Autor(es): Rosa, Patrícia da
Título: No encontro intercultural, o encontro terapêutico : prática clínica com surdos.
Data do documento: 2017
Protocolo CEP: CAAE 72105717.0.0000.5343 / 24 de agosto de 2017
Resumo: Através do presente estudo, objetivou-se compreender como ocorre a prática clínica com surdos, utilizando a Libras como meio de comunicação. Sob a ótica de quatro profissionais psicólogos que atendem a essa demanda, buscou-se refletir sobre a comunicação em Libras no processo de psicoterapia, mediante um mapeamento das estratégias utilizadas pelos profissionais no atendimento psicoterápico com surdos, além de entender os desafios e as motivações que o psicólogo percebe nessa prática. Este trabalho apresenta um aprofundamento teórico sobre a surdez e os surdos, tanto em um viés biológico quanto no que concerne à construção histórica e social destas terminologias. Também, o trabalho evidencia contextualizações acerca da identidade, comunidade e cultura surda e sinaliza para a importância da língua de sinais, enquanto meio de comunicação dos surdos, e, por conseguinte, elucidar os enlaçamentos históricos da psicologia e da surdez e trazer considerações atuais da prática psicológica clínica com surdos. A produção dos dados ocorreu na cidade de Porto Alegre, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com duas psicólogas e dois psicólogos atuantes na prática clínica com surdos e que utilizam a Libras. À luz dos Estudos Culturais, a análise dos dados se deu a partir das falas dos psicólogos entrevistados. Buscou-se compreender as interpretações sobre temas essenciais que envolvem a questão da prática clínica com surdos, tendo a cultura, a língua de sinais e a comunidade surda como elementos indissociáveis da prática psicoterapêutica. Os dados obtidos foram organizados nas seguintes temáticas: Trajetória dos profissionais: como se constituíram enquanto psicoterapeutas para surdos; O sujeito surdo na percepção dos psicólogos; O processo de psicoterapia com surdos; Dificuldades dos psicólogos frente à prática clínica com surdos e Motivação dos psicólogos para a escuta clínica com surdos. O estudo apontou que discussões sobre este assunto são escassas durante a formação em Psicologia, por conseguinte, há pouco material produzido sobre o tema nessa área. Para a aprendizagem da Libras, confere ao psicólogo buscar pela mesma, visto que em alguns cursos de Psicologia, a disciplina de Libras é eletiva. Foi possível constatar com este estudo que a psicoterapia com surdos requer o uso da Libras como meio de comunicação, mas também o psicólogo deverá aprofundar-se no entendimento da cultura surda, estabelecendo aproximação com a comunidade surda, tendo em vista que processo psicoterapêutico com surdos é intercultural, e, apesar de não se diferenciar em sua estrutura com o atendimento de ouvintes, fazem-se necessárias adaptações. Ademais, a comunicação é uma dificuldade sentida pelos psicólogos entrevistados, porém o que lhes motiva é o contato com a diferença e a possibilidade de atender um público que carece de cuidados psicológicos.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Curso de Psicologia
Tipo de obra: Trabalho de Conclusão de Curso
Assunto: Surdez - Terapia
Pessoas com deficiência auditiva
Educação de pessoas com deficiência auditiva
Psicoterapia
Língua brasileira de sinais
Intérpretes para surdos
Orientador(es): Hillesheim, Betina
Aparece nas coleções:Psicologia

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