Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/2036
Autor(es): Garcia, Pedro Piccoli
Título: Metanarrativa, pós-modernidade e política em Isto não é um filme e Táxi Teerã, de Jafar Panahi.
Data do documento: 2018
Resumo: A presente pesquisa discute o emprego estratégico de recursos metanarrativos nos filmes de origem iraniana Isto Não É Um Filme (2010) e Táxi Teerã (2015). Parte-se da ideia de que a autoconsciência, uma das características marcantes da arte contemporânea, emerge em um contexto de transformações socioculturais, com a ascensão da chamada Pós-modernidade e de uma demanda cada vez maior do público por manifestações e produtos que transmitam a impressão de acesso direto à realidade social, rompendo com uma tradição, em especial no cinema, de escamoteamento das marcas de enunciação. Neste sentido, multiplicam-se as obras que se voltam para si, assumindo-se como discursos e sublinhando os vestígios de linguagem em suas estruturas. É o caso das obras selecionadas como objetos de estudo, que surgem também em um contexto político particular, em que o seu autor, Jafar Panahi, desafia uma condenação judicial que lhe impede de produzir filmes, bem como um rigoroso cerceamento governamental a que está subordinada a indústria cinematográfica iraniana. Para aprofundar a compreensão dos filmes à luz de todas essas referências, vale-se de uma abordagem metodológica qualitativa, que inicia com um levantamento bibliográfico e, depois, passa-se à investigação propriamente dita, a partir de padrões de repetição identificados nos filmes em análise exploratória prévia. Com base nisso, observou-se que as obras radicalizam o tensionamento das fronteiras entre ficção e não ficção, tanto como forma de denunciar a injustiça da qual o autor é vitima e reivindicar a sua autonomia e liberdade, quanto como forma de problematizar os limites e potencialidades do cinema e da estética em geral, ampliando a antiga discussão sobre a relação entre arte e realidade.
Resumo em outro idioma: This research discussses the use of metafictional resources on the iranian films This Is Not a Film (2010) and Taxi Tehran (2015). It is assumed that self conscience, one of the main traces of contemporary art, comes up on a context of sociocultural changes, with the development of so-called postmodernity and of an increasing demand, by the audience, for works of art and cultural products that transmit the impression of a free acess to social reality, breaking a tradition, specially on movies, of concealment of the enunciation marks. This way, self-reflexive works of art multiply, assuming itself as speeches and highlighting the traces of language in their structures. This is the case of the movies studied in this research, wich comes up on a particular political context: its author, Jafar Panahi, is forbidden of making films by a judicial conviction and the iranian movie industry is subordinate to a strict governamental restriction. For deepen the understanding of the movies in light of all this references, the study uses a qualitative methodology, wich begins with a bibliographic research and then the analysis itself, based on categories identified on a previous review. From this, it was noted that the films tackle, on an extreme level, the borders between fiction and non fiction, both as a way of denounce the injustice conviction and claim Panahi's freedom, and also as a way of problematize the limits and potentialities of films and art in general, extending the old discussion about the relation between art and reality.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de obra: Dissertação de Mestrado
Assunto: Narrativa (Retórica)
Documentário (Cinema)
Orientador(es): Soster, Demétrio de Azeredo
Piccinin, Fabiana
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Letras – Mestrado e Doutorado

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