Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/2445
Autor(es): Lopes, Beliza Stasinski
Título: Pedagogia da luta : ações de protesto e greves de conquista e resistência do CPERS/Sindicato em tempos de neoliberalismo
Data do documento: 2019
Resumo: A presente dissertação de mestrado traz como tema de estudos as greves do CPERS/Sindicato em tempo de neoliberalismo com o foco no desenvolvimento de uma pedagogia que emerge no processo da luta social. Essa pedagogia acontece a partir da necessidade organizativa dos/das docentes que estão inseridos na lógica de exploração do trabalho mediada pelo Estado na sociedade capitalista. Particularmente, essa categoria de trabalhadores/as está submetida a baixos salários, pagos de forma parcelada, a sobrecarga de trabalho e a precarização das relações de trabalho. Essa realidade tem levado os/as professores/as, no estado do Rio Grande do Sul, a auto-organização política e a construção do movimento social. A pesquisa teve como objetivo compreender os significados pedagógicos da greve e das ações de protestos impulsionada pelo CPERS/Sindicato, em 2017, bem como os sentidos da sua participação para a educação política frente a política de desvalorização do trabalho docente. Para a realização da análise de informações foi utilizada a Teoria Social dos Movimentos Sociais, a partir do materialismo histórico e dialético. As ferramentas utilizadas na pesquisa foram: entrevistas semiestruturadas com dirigentes e militantes de base do CPERS/Sindicato, e análise de documentos. Na pedagogia da luta, os/as trabalhadores/as docentes entendem que não é possível comprometer-se com uma posição em assembleia e contrariá-la na escola (comprometimento com o coletivo); que, em tempos de neoliberalismo, o governo estadual segue à risca a esse receituário enfraquecendo o próprio poder do Estado, mas que esses são tempos de resistência, e a greve, nesse contexto, foi a arte de resistir a essa política (resistência coletiva). Procurou-se trazer o acompanhamento da negociação entre o sindicato e o governo, reconhecendo a consciência dos limites da ação, que fazem parte de uma educação política, que é desafiadora, pois exercida contra um poder instituído (educação política na ação). Na ação coletiva se estabelecem alguns sentidos da participação, pois no movimento sindical se conhece uma forma radicalizada de democracia; que, por fim, devido à luta coletiva desenvolve-se um sentimento de pertencimento a um grupo social, através da homogeneização do discurso, seja através dos problemas em comum enfrentados que reforçam seus laços de solidariedade e contribuem na construção de uma identidade coletiva.
Resumo em outro idioma: This master's degree thesis revolves around the strikes of the CPERS/Syndicate in times of neoliberalism, focusing on the conformity of a pedagogy that emerges in the process of the social struggle. This pedagogy exists from the organizational need of teachers inserted into the Capitalist way of profiteering by the State. Particularly, this category of workers is submited to low wages in installment, work overload and precarious relations of production. This context has been condictioning teachers of Rio Grande do Sul to political self-organization and the generation of the social movement. The research aimed at understanding the pedagogical meanings of the strike and of the actions put foward by the CPERS, in 2017, as well as the meaning of it's contribution to political education facing the political depreciation of the faculty. The analysis was accomplished with the usage of the social movement theory from the lens of dialetical materialism. It was crafted from semistructured interviews with CPERS' basis leaders and activists, and analysed documents. In the pedagogy of the struggle, the workers understand that it isn't viable to compromise in the position of an assembly and contradict it in the school, which, in times of neoliberalism, the state government strictly follows this perscription, weakening the very power of the State, but that since these are times of resistance, and the strike, in such context, was the art of resisting to these politics (collective resistance); it sought to bring the procession of the negociation between the Sindicate and the State, acknowledging the limits of the action, that are part of political education, which is challenging, for it's exerted against a institutional power (political education in action); in the collective action it's stablished some means of participation, because in the union movement there's a radicalized form of democracy, which, in the end, due to the collective struggle, a sense of belonging to a social group is developed, be it through the homogenization of speech, be it through the common struggles which reinforce those liaisons and contribute in the making of a collective identity.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Tipo de obra: Dissertação de Mestrado
Assunto: Greves e lockouts - Professores
Neoliberalismo
Sindicatos - Professores
Educação
Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul
Orientador(es): Moretti, Cheron Zanini
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado

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