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dc.contributor.authorOliveira, Vanessa Costa de-
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.titleA configuração da forma cultural do jornalismo independente nos territórios latino-americanos.pt_BR
dc.date.issued2021-
dc.degree.localSanta Cruz do Sulpt_BR
dc.contributor.advisorFelippi, Ângela-
dc.degree.departmentPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regionalpt_BR
dc.description.abstractJournalism is understood as a cultural form that is shaped in its relation to the sociocultural, political and economic processes of the territories, such that it is shaped by its territorial surroundings. By spatially delimiting this research to the latin-american territories we are referring to a space-time-lived, marked above all else by verticalities and exogenous processes of development, that reenforce its subalternity and amplify the social inequalities, and in which the media industries are characterized by a commercial and private character, of maintaining the constituted hegemonies. This research's central object are the experiences of digital native journalism in Latin America that are self-proclaimed independent journalists, standing as an alternative to this traditional and hegemonic model of journalism. The question of how independent journalism is configured as a cultural form in the Latin American territories is presented as a core issue. To that end, this study theoretically and methodologically anchors itself in the Cultural Studies and in Richard Johnson's culture circuit diagram. The concepts of time and space are incorporated, theoretically and methodologically, from the perspective of geography and the CS. The key concepts to this research come from Raymond Williams, Jesús Martín-Barbero, Richard Johnson, Rogério Haesbaert, Milton Santos and David Harvey. The specific objectives are a) to understand the development of the latin-american territories, specially through the cultural/media industries; b) to analyse how the conditions of journalistic production, within the organizations of independent journalism, mold the cultural form of this journalism; c) to identify, in its production and content, the form of independent journalism; e d) to investigate in which manner the consumption of this production occurs, considering the characteristics of these organizations and particularities of the analysed latin-american territories. To that end, eight organizations of independent journalism spread across the latin-american territories were chosen: Agência Pública (Brazil), Animal Político (Mexico), Chequeado (Argentina), Contra Corriente (Honduras), GK.city (Ecuador), La Silla Vacía (Colombia), Nómada (Guatemala) e Sudestada (Uruguay). The thesis is structured so as to explore, define and analyse five moments of the culture circuit: cultures lived/territories, production conditions, production, product and consumption. It was found that the space-time-lived of the Latin American territories is shaping a form of independent journalism in that region, such that this journalism configures into an endogenous model, connected with the reality of these territories. It was identified that, through activating both a rational-enlightened and a popular matrix, independent journalism constitutes itself, on Latin America, as a hybrid cultural form, between traditional and alternative journalism, utilizing archaic and residual elements in the constitution of an emergent form. Thus, independent journalism is a form of intersection between these cultural matrices, primarily, in a context of neoliberal capitalism, with a flexibilization of the productive processes, having aspects specific to post-fordism. This flexibilization is connected with a historical time of Latin American territories, the response of this journalism being to act to respond to certain demands that are typical or particular of these territories.pt_BR
dc.description.notaInclui bibliografia.pt_BR
dc.subject.otherJornalismopt_BR
dc.subject.otherCulturapt_BR
dc.subject.otherCultura - Estudo e ensinopt_BR
dc.subject.otherComunicaçãopt_BR
dc.subject.otherLiberdade de imprensapt_BR
dc.subject.otherAmérica Latina-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11624/3137-
dc.date.accessioned2021-06-17T11:42:40Z-
dc.date.available2021-06-17T11:42:40Z-
dc.degree.grantorUniversidade de Santa Cruz do Sulpt_BR
dc.description.resumoEntende-se o jornalismo como uma forma cultural que se configura na relação com os processos socioculturais e político-econômicos dos territórios, de maneira a ser moldado por seu entorno territorial. Ao delimitar espacialmente essa pesquisa nos territórios latino-americanos, está-se referindo a um espaço-tempo-vivido marcado sobretudo por verticalidades e por processos de desenvolvimento exógenos, que reforçam sua subalternidade e ampliam as desigualdades sociais, e em que as indústrias midiáticas se caracterizam pelo caráter comercial e privado, de manutenção das hegemonias constituídas. O objeto central desta pesquisa são as experiências de jornalismo nativas digitais na América Latina que se autodenominaram de jornalismo independente, colocando-se como uma alternativa a esse modelo tradicional e hegemônico de jornalismo. Apresenta-se como problemática o questionamento de como o jornalismo independente se configura enquanto forma cultural nos territórios latino-americanos. Para tanto, ancora-se teórica e metodologicamente nos Estudos Culturais e no diagrama do circuito da cultura de Richard Johnson. Incorpora-se, teórica e metodologicamente os conceitos de espaço e tempo, desde uma perspectiva da geografia e dos EC. Tem-se em Raymond Williams, Jesús Martín-Barbero, Richard Johnson, Rogério Haesbaert, Milton Santos e David Harvey os conceitos-chave para essa pesquisa. Os objetivos específicos são: a) compreender o desenvolvimento dos territórios latino-americanos, especialmente a partir das indústrias culturais/midiática; b) analisar de que maneira as condições de produção jornalísticas, dentro das organizações de jornalismo independente, moldam a forma cultural desse jornalismo; c) identificar na produção e no conteúdo do jornalismo independente a sua forma; e d) investigar como se dá o consumo dessa produção do jornalismo independente, tendo em vista as características dessas organizações e particularidades dos territórios latino-americanos analisados. Para tal, delimitou-se oito organizações de jornalismo independente distribuídas pelos territórios latino-americanos: Agência Pública (Brasil), Animal Político (México), Chequeado (Argentina), Contra Corriente (Honduras), GK.city (Equador), La Silla Vacía (Colômbia), Nómada (Guatemala) e Sudestada (Uruguai). A tese está estruturada de maneira a explorar, descrever e analisar cinco momentos do circuito da cultura: culturas vividas/territórios, condições de produção, produção, produto e consumo. Constatou-se que o espaço-tempo-vivido dos territórios latino-americanos vai formatando uma forma do jornalismo independente nessa região, de maneira que esse jornalismo vai se configurando como um modelo endógeno, conectado com a realidade desses territórios. Identificou-se que ao acionar tanto uma matriz racional-iluminista quanto uma matriz popular, o jornalismo independente se constitui, na América Latina, enquanto uma forma cultural híbrida, entre o jornalismo tradicional e o alternativo, valendo-se de elementos arcaicos e residuais para a constituição de uma forma emergente. O jornalismo independente, portanto, é uma forma de interseção entre essas matrizes culturais, principalmente, em um contexto de capitalismo neoliberal, com uma flexibilização dos processos produtivos, tendo aspectos próprios do pós-fordismo. Essa flexibilização está conectada com um tempo histórico dos territórios latino-americanos, sendo a resposta desse jornalismo atuar para responder a certas demandas que são típicas ou próprias desses territórios.pt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – Mestrado e Doutorado

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