Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/3542
Autor(es): Müller, Ana Paula
Título: Potencial de descoloração e biodegradação de corantes azoicos alimentícios por células de bacillus sp. Es-1 imobilizadas em alginato de sódio.
Data do documento: 2022
Resumo: Os corantes são amplamente utilizados em muitas indústrias, como a de alimentos, a têxtil, de produção de papel e celulose e de cosméticos. Com o crescimento acelerado da população mundial a produção de alimentos industrializados é contínua e acaba por gerar grande volume de efluentes que podem causar grave poluição se liberados para o ambiente sem tratamento adequado. Na indústria de alimentos, os corantes azoicos são comumente utilizados e podem permanecer em águas residuais. Para biodegradar esses corantes de águas residuais podem-se utilizar a biorremediação por microrganismos, uma vez que é considerada uma tecnologia de remediação muito vantajosa para recuperar ecossistemas quando comparada a outras tecnologias. Nesse sentido, as bactérias funcionam como agentes biológicos eficientes e baratos para biodegradar esses compostos. Este estudo teve como objetivos realizar um mapeamento bibliométrico sobre a biorremediação de corantes azoicos por células microbianas imobilizadas nas bases de dados Scopus, Web of Science e Science Direct e avaliar o potencial de células bacterianas livres e imobilizadas em alginato de sódio na degradação dos corantes azoicos amaranto e tartrazina. Os microrganismos foram isolados de uma amostra de efluente de uma indústria de bebidas localizada na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Para a triagem de bactérias o efluente foi acrescido a um meio nutritivo acrescido de tartrazina a 200 mg L-1 que foi incubado em condições estáticas e sob agitação a 35 ºC por 96 h. A partir dos meios onde foi observada a descoloração da tartrazina foi feito o isolamento das bactérias presentes. Foram isoladas em cultura pura 8 bactérias cujas colônias apresentaram características morfológicas distintas. A bactéria identificada como Bacillus sp. ES-1 e o corante amaranto, que mostrou descoloração em menor tempo, foram selecionados para os estudos de degradação com células do microrganismo livres e imobilizadas em alginato de sódio. Nas 156 h de cultivo, as células imobilizadas do microrganismo apresentaram uma taxa de descoloração de 86% em 150 h enquanto as células livres tiveram uma eficiência de 81% em 144 h. A presença de fenol e indol nas análises por GC-MS indicaram a biodegradação parcial do corante. Nas análises por FTIR foram observadas elevações na banda amida para ambos os tratamentos indicando a biorredução da ligação azo do corante e uma taxa de descoloração maior pelas células livres da bactéria. Concluiu-se que a bactéria Bacillus sp. ES-1 apresentou bom potencial de descoloração e que o uso de um processo híbrido (células livres + células imobilizadas) poderia ser uma abordagem eficaz, de baixo custo e ambientalmente amigável para a remoção do corante do efluente industrial.
Resumo em outro idioma: Dyes are widely used in many industries, such as food, textile, pulp and paper production and cosmetics. With the accelerated growth of the world population the production of industrialized food is continuous and ends up generating large volume of effluents that can cause serious pollution if released to the environment without proper treatment. In the food industry, azo dyes are commonly used and can remain in wastewater. To biodegrade these wastewater dyes can be used bioremediation by microorganisms, since it is considered a very advantageous remediation technology to recover ecosystems when compared to other technologies. In this sense, bacteria function as efficient and inexpensive biological agents to biodegrade these compounds. This study aimed to perform a bibliometric mapping on the bioremediation of azoic dyes by microbial cells immobilized in the Scopus, Web of Science and Science Direct and evaluate the potential of free and immobilized bacterial cells in sodium alginate in the degradation of azo dyes Amaranth and tartrazine. The microorganisms were isolated from a sample of effluent from a beverage industry located in the Rio Pardo Valley, Rio Grande do Sul. For the screening of bacteria the effluent was added to a nutrient medium plus tartrazine to 200 mg L-1 that was incubated under static conditions and stirred at 35 ºC for 96 h. From the media where the discoloration of tartrazine was observed, the bacteria present were isolated. Were isolated in pure culture 8 bacteria whose colonies showed distinct morphological characteristics. The bacterium identified as Bacillus sp. ES-1 and Amarante dye, which showed discoloration in less time, were selected for degradation studies with free microorganism cells and immobilized in sodium alginate. At 156 h of culture, the immobilized cells of the microorganism showed a discoloration rate of 86% at 150 h while the free cells had an efficiency of 81% at 144 h. The presence of phenol and indole in the analyzes by GC-MS indicated the partial biodegradation of the dye. In the analysis by FTIR were observed elevations in the amide band for both treatments indicating the bioreduction of the azo bond of the dye and a higher rate of discoloration by the free cells of the bacterium. It was concluded that the bacterium Bacillus sp. ES-1 showed good potential for discoloration and that the use of a hybrid process (free cells + immobilized cells) could be an effective, low cost and environmentally friendly approach for the removal of dye from industrial effluent.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental
Tipo de obra: Dissertação de Mestrado
Assunto: Corantes
Corantes de alimentos
Compostos azo
Águas residuais
Águas residuais - Microbiologia
Biodegradação
Biorremediação (Saúde ambiental)
Orientador(es): Benitez, Lisianne Brittes
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental – Mestrado e Doutorado

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