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http://hdl.handle.net/11624/3548
Autor(es): | Oliveira, Falconiere Leone Bezerra de |
Título: | Violência curricular e resistência secundarista : memórias, narrativas e experiências de emancipação no Ensino Médio. |
Data do documento: | 2022 |
Resumo: | O presente trabalho resulta de uma pesquisa de doutorado em Educação que tem como objetivo geral analisar as ocupações secundaristas no Brasil a partir da Violência Curricular denunciada pelos jovens em 2016, identificando o que eles anunciaram como experiências de resistência e emancipação curricular no Ensino Médio. Os objetivos específicos foram: a) identificar, descrever e analisar as formas de manifestações de Violência Curricular que influenciaram as ocupações; b) compreender as experiências curriculares desenvolvidas durante as ocupações secundaristas, identificando o que e como os jovens se expressaram para a proposição de um currículo crítico; c) compreender o significado das ocupações para os estudantes ocupacionistas e suas contribuições em matéria de proposições de mudanças curriculares no Ensino Médio. Metodologicamente, a pesquisa resultou de análise bibliográfica e pesquisa empírica com realização e análise de entrevistas narrativas. Os resultados das análises das entrevistas narrativas nos mostraram que as ocupações secundaristas no ano de 2016 no Brasil não resultaram apenas de condições macroestruturais, como a PEC 746/2016, a BNCC, a PEC 55/2016 e o Projeto “Escola Sem Partido”, mas de condições e práticas de Violência Curricular sofridas pelos estudantes nas escolas públicas durante anos. Também foi constatado que essas condições macroestruturais foram vistas como situações-limite que desencadearam em atos-limite (ocupações) e que nelas os estudantes tiveram a possibilidade de visualizar o inédito-viável, ou seja, as condições para o Ser Mais. Outro ponto relevante a ser levado em conta é que os estudantes, antes de ocuparem as escolas, estudaram e planejaram suas ações, pesquisaram e debateram-nas para saberem as reais implicações na prática escolar e em suas vidas. Consideramos, por fim, que os estudantes secundaristas se utilizaram de diversas formas de resistir que foram além das táticas empegadas pelos movimentos sociais clássicos [manifestações de ruas, cartazes, ocupações de espaços públicos etc.] e desenvolveram um currículo próprio, de forma coletiva, que considerou situações vividas por eles, ou seja, o contexto concreto de seus sujeitos. Essa construção curricular durante as ocupações consideramos como experiências de emancipação curricular no Ensino Médio. |
Resumo em outro idioma: | This work is the result of a doctoral research in Education whose general objective is to analyze high school occupations in Brazil based on the Curricular Violence denounced by young people in 2016, identifying what they announced as experiences of resistance and curricular emancipation in High School. The specific objectives were: a) to identify, describe and analyze the forms of manifestations of Curricular Violence that influenced the occupations; b) understand the curricular experiences developed during high school occupations, identifying what and how young people expressed themselves to propose a critical curriculum; c) understand the meaning of occupations for occupationist students and their contributions in terms of proposals for curricular changes in high school. Methodologically, the research resulted from bibliographical analysis and empirical research with the realization and analysis of narrative interviews. The results of the analyzes of the narrative interviews showed us that high school occupations in 2016 in Brazil did not result only from macrostructural conditions, such as PEC 746/2016, BNCC, PEC 55/2016 and the “Escola Sem Partido” Project, but of conditions and practices of Curricular Violence suffered by students in public schools for years. It was also found that these macrostructural conditions were seen as limit situations that triggered limit acts (occupations) and that in them the students had the possibility of visualizing the unpublished-feasible, that is, the conditions for Being More. Another relevant point to be taken into account is that the students, before occupying the schools, studied and planned their actions, researched and debated them in order to know the real implications in the school practice and in their lives. Finally, we consider that high school students used different forms of resistance that went beyond the tactics employed by classic social movements [street demonstrations, posters, occupations of public spaces, etc.] and developed their own curriculum, collectively, which considered situations experienced by them, that is, the concrete context of their subjects. This curricular construction during the occupations we consider as experiences of curricular emancipation in High School. |
Nota: | Inclui bibliografia. |
Instituição: | Universidade de Santa Cruz do Sul |
Curso/Programa: | Programa de Pós-graduação em Educação |
Tipo de obra: | Tese de Doutorado |
Assunto: | Ensino médio Educação e estado Currículos - Mudança Escolas públicas Estudantes Violência na escola Educação - Brasil |
Orientador(es): | Silveira, Éder da Silva |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado |
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