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http://hdl.handle.net/11624/3596
Autor(es): | Storch, Patrícia Barbosa Pinho |
Título: | Além de papéis e tintas guaches : tensões entre educar o corpo sensível e ensinar artes visuais na escola. |
Data do documento: | 2023 |
Resumo: | A dissertação aproxima educação, filosofia e artes visuais para refletir o cenário contemporâneo das artes visuais, sua presença e sua apresentação na Educação Básica. O objetivo é interrogar a tendência hegemônica da dimensão cognitiva que caracteriza o ensino de arte como apenas conhecimento abstrato e genérico em detrimento do corpo sensível no mundo. Uma tendência que prioriza métodos previamente definidos e pautados pela centralidade do discurso sobre os fenômenos estéticos e poéticos e não como ato no mundo. Para tanto, a escrita se detém em alguns pontos de tensões e de contradições entre o ensino das artes visuais e suas práticas nas escolas regulares de Educação Básica através de memórias e narrativas que emergem do vivido em escolas da rede privada e pública de ensino do estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A interlocução com a fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty permite pensar a experiência das artes visuais na escola como acolhimento ao corpo sensível desde o entendimento de que o corpo não está somente situado no espaço, mas atado e engajado nele, um corpo voltado para a experiência de coexistência no mundo vivido com outros. O interesse acadêmico é estudar a dimensão sensível implicada nas interações pedagógicas em aulas de artes visuais tomando como procedimento metodológico a pesquisa narrativa como potente modo de narrar o vivido. Narrar é partilhar o modo como experienciamos o mundo, pois narrar diz respeito à observação de si e do mundo pela valorização da presença sensível de vidas relatadas. A pesquisa narrativa releva a dimensão existencial na formação de pesquisadores que se lançam à experiência, que nelas adentram para refletir o que a eles pode dizer, o que podem dela aprender impulsionados a interrogarem e a pensarem a experiência educativa. Esta é sempre uma experiência relacional singular, intersubjetiva, desestabilizadora que acolhe a incerteza e o mistério com a intenção de manter a tensão entre os múltiplos significados da experiência educativa. Supõe assumir a pesquisa como experiência de pensamento que interroga o sentido educativo desde marcas inscritas pela memória como sentido do vivido e não análises ou explicações diante de um problema a solucionar. A partir das próprias experiências para refletir a presença sensível do corpo no encontro entre artes visuais e escola, a escrita dissertativa conclui que o ato de ver e ser visto merece a atenção educacional como ato imprevisível entrelaçado entre corpo e mundo. Valorizar o pensamento encarnado da experiência visual, considerando um corpo que faz para saber, é valorizar na Educação Básica a experiência sentida como laboratório de processos de invenção e convivência humana, é destacar o ensino das artes visuais como tempo e lugar que acolhe a experiência lúdica de um pensamento envolvido no movimento estético e poético de produção de sentidos que situam o mundo. Exige da docência a responsabilidade ética e estética em acompanhar a imprevisibilidade do que pode acontecer, e não a possibilidade de ser pré-determinado. Exige uma pausa, um silêncio, um pensamento para continuar a pensar a experiência das artes na Educação Básica na busca por devanear uma educação da escuta, de estar junto, do devir como modo de coexistir na escola. |
Resumo em outro idioma: | La disertación reúne educación, filosofía y artes visuales para reflejar el escenario contemporáneo de las artes visuales, su presencia y su presentación en la Educación Básica. La meta es cuestionar la tendencia hegemónica de la dimensión cognitiva que caracteriza la enseñanza de arte como solo conocimiento abstracto y genérico en detrimento del cuerpo sensible en el mundo. Una tendencia que prioriza métodos previamente definidos y guiados pela centralidad del discurso a respecto de los fenómenos estéticos y poéticos y no como un acto en el mundo. Por lo que la escritura se detiene en algunos puntos de tensiones y contradicciones en medio de la enseñanza de las artes visuales y sus practicas en escuelas regulares de Educación Básica a través de recuerdos y narraciones que emergen de lo vivido en escuelas de la red publica y privada del estado del Rio Grande del Sur y Santa Catarina. La interlocución con la fenomenología de Maurice Merleau-Ponty pensar la experiencia de las artes visuales en la escuela como receptividad al cuerpo sensible hacia el entendimiento de que el cuerpo no está solamente situado en el espacio, pero atado y comprometido en ello, un cuerpo orientado a la experiencia de la coexistencia en el mundo vivido con otros. El interés académico es estudiar la dimensión sensible involucrados en las interacciones pedagógicas en clases de artes visuales tomando como procedimiento metodológico la investigación narrativa como una forma poderosa de narrar lo vivido. Narrar es compartir el modo como experimentamos el mundo, porque narrar habla a respecto de la autoobservación y del mundo por el aprecio de la presencia sensible de las vidas relatadas. La investigación narrativa revela la dimensión existencial en la formación de investigadores que incursionan en la experiencia, que entran en ellas para reflexionar lo que a ellos puede decir, lo que pueden aprender impulsados a interrogaren y pensaren la experiencia educativa. Esta es siempre una experiencia relacional singular, intersubjetiva, desestabilizadora que abriga la incertidumbre y el misterio con la intención de mantener la inquietud entre los múltiplos significados de la experiencia educativa. Supone asumir la investigación como experiencia de pensamiento que interroga el sentido educativo desde marcas inscritas por la memoria como sentido del vivido y no análisis o explicaciones delante de un problema a solucionar. A partir de las propias experiencias para reflejar la presencia sensible del cuerpo en el encuentro entre artes visuales y escuela la tesis escrita concluye que el acto de ver o ser visto merece la atención educacional como acto impredecible entrelazado entre cuerpo y mundo. Valorar el pensamiento encarnado de la experiencia visual considerando un cuerpo que hace para saber, es valorar en la Educación Básica la experiencia sentida como laboratorio de procesos de invención y convivencia humana, es resaltar la enseñanza de las artes visuales como tiempo y lugar que abriga la experiencia lúdica de un pensamiento involucrado en el movimiento estético y poético de producción de sentidos que sitúan el mundo. Requiere de la docencia la responsabilidad ética y estética en acompañar la imprevisibilidad de lo que puede ocurrir y no la posibilidad de ser predeterminado. Requiere una pausa, un silencio, un pensamiento para continuar a pensar la experiencia de las artes en la Educación Básica en la busca por soñar una educación de escucha, de estar junto, del devenir como modo de coexistir en la escuela. |
Nota: | Inclui bibliografia. |
Instituição: | Universidade de Santa Cruz do Sul |
Curso/Programa: | Programa de Pós-graduação em Educação |
Tipo de obra: | Dissertação de Mestrado |
Assunto: | Educação Arte Arte - Filosofia Narrativa (Retórica) Poética Arte na educação |
Orientador(es): | Richter, Sandra Regina Simonis |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado |
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