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http://hdl.handle.net/11624/3784
Autor(es): | Silva, Francisca Sousa Vale Ferreira da |
Título: | Sentidos produzidos por idosos institucionalizados acerca de perdas e lutos : vivências marcadas por resistências e (re)existências. |
Data do documento: | 2024 |
Protocolo CEP: | Parecer 5.194.581, de 06 de janeiro de 2022 |
Resumo: | Nas últimas décadas têm ocorrido importantes transformações no perfil populacional que levaram ao rápido aumento da população longeva, deixando a saúde pública em alerta quanto aos cuidados com os gerontes. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo mapear vivências de idosos institucionalizados em relação às perdas e identificar políticas de enfrentamento ao luto, refletindo sobre a racionalidade da governamentalidade implicada na promoção da saúde do idoso. Assim, partindo da premissa de que os sentimentos envolvidos na elaboração do luto no idoso, dependendo das circunstâncias, podem implicar em adoecimento, demandando implementações de políticas públicas de saúde voltadas para contribuir para elaboração do luto saudável, este trabalho estrutura a temática do envelhecimento da seguinte forma: Capítulo E book – SAÚDE MENTAL E ENVELHECIMENTO EM TEMPOS DE COVID-19. O objetivo foi discutir a saúde mental do idoso no cenário da Covid-19, tendo como ponto de partida os fatores biológicos, psicológicos e sociais do envelhecimento, o contexto da pandemia da Covid-19 e suas implicações na saúde mental do idoso. Os resultados apontam que a pandemia afeta a saúde do idoso de forma a diminuir a qualidade de vida e bem-estar. Portanto, refletir sobre seus impactos na saúde mental do idoso, é pertinente e relevante para aguçar as inquietações da comunidade científica, em que pese os danos causados pela Covid-19 para a população longeva. Artigo I – IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NA SAÚDE MENTAL DO IDOSO: sob lentes da promoção da saúde. O objetivo deste estudo foi discutir os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental do idoso, segundo os princípios da promoção da saúde. Os resultados sugerem que as crises traumáticas enfrentadas pelos idosos durante a pandemia culminam em transtornos psiquiátricos e psicológicos como a ansiedade e a depressão, fragilizando e intensificando ainda mais o sofrimento desse grupo populacional. Assim, os impactos psicológicos da pandemia na saúde mental dos idosos requerem um olhar interdisciplinar e dimensionado às suas subjetivações, sendo, portanto, uma questão emblemática do ponto de vista da promoção da saúde. Artigo II – IMPACTOS PSICOLÓGICOS DA PANDEMIA: desafios para a educação em saúde em ato. O objetivo deste artigo foi discutir a relação entre os impactos psicológicos da Covid-19 e os desafios emergentes da educação em saúde no cenário da pandemia. Os resultados evidenciaram que a pandemia produziu diversos impactos psicológicos, como solidão, isolamento social, ansiedade, estresse pós-traumático, depressão, entre outros. Além disso, a longo prazo, outros fatores poderão ser identificados e elucidados à medida que avancem as discussões e descobertas acerca das mazelas deixadas pela pandemia. Artigo III - PRODUÇÕES DE VULNERABILIDADES NO CENÁRIO DA PANDEMIA E NECROPOLÍTICA: interconexões e reflexões. O objetivo deste artigo foi discutir sobre as produções de vulnerabilidades no cenário da pandemia de Covid-19, e as possíveis relações com as necropolíticas instrumentalizadas pela governamentalidade. Os resultados evidenciam que, no cenário da pandemia, as produções de vulnerabilidades são agenciadas pelos impactos biopsicossociais causados pelo coronavírus, no entanto, as políticas de enfrentamento como o isolamento social imposto como medida restritiva do contágio capilarizaram os seus efeitos. Conclui-se que os impactos da pandemia da Covid-19 circundam os grupos mais vulneráveis, não somente pelos efeitos sintomáticos causados pelo vírus, mas também pelos arranjos maquínicos do neoliberalismo e toda a sua trama rizomática produtora de vulnerabilidades. Assim, embora se imprimam os desafios, chama-se a atenção para a importância do envolvimento da população nas construções das políticas públicas com vistas a acompanhar os processos e evitar que as necropolíticas instrumentalizadas pela governamentalidade se potencializem como tendência. Artigo IV – PERDAS E DANOS NO ENVELHECIMENTO: morte da vida ou vida de mortes? O objetivo deste estudo foi discutir sobre as perdas e danos no envelhecimento. Busca-se articular a morte e o morrer às intersubjetivações implicadas na elaboração do luto na senescência, com foco na promoção da saúde do idoso. Os resultados apontam que para além dos fatores biopsicossociais, as perdas e danos para os gerontes são atravessadas pelas concepções de finitude e morte culturalmente imbricadas ao envelhecimento, podendo complicar a elaboração do luto no idoso e o seu bem estar. São discursos que se repetem reafirmando ao idoso a cultura do corpo frágil, improdutivo e simbolicamente representativo da fase final da vida. Assim, considerar as concepções de morte no Ocidente e as implicações nas produções do envelhecimento é, antes de tudo, um convite para pensarmos o “envelheSer” no Ocidente como a morte da vida, e o “ser velho” no Ocidente como uma vida de mortes, sinalizando, assim, para a necessidade de mudanças de atitudes culturais. Nessa senda, discutir as concepções de morte no Ocidente, articulando às subjetivações dos gerontes é fundamental para a compreensão das subjetivações de morte e as implicações do luto para a saúde e o bem-estar do idoso. Artigo V – ENVELHECIMENTO, FORÇA DE TRABALHO E SUBJETIVAÇÕES IMPLICADAS: ensaio sobre políticas de atenção aos gerontes. O objetivo deste artigo é discutir sobre políticas públicas de atenção ao idoso, e para tanto, articula-se a temática da inclusão da força do trabalho do idoso, e os possíveis desdobramentos para o bem-estar dos gerontes. Os resultados apontam para um ambiente em que as forças laborais dos idosos se processam num espaço naturalizante da inatividade do idoso. Nesse contexto, cabe uma interpretação extensiva à dimensão das subjetivações micropolíticas do envelhecimento para compreender as dinâmicas a que os idosos foram empurrados no exercício primário da sua cidadania. Portanto, embora se reconheçam os avanços, as políticas de atenção aos gerontes emergem lentamente, e configuram uma questão emblemática do ponto de vista fenomenal, processual e estrutural. Dessa forma, é necessário que se empreendam mudanças paradigmáticas, com ações e atitudes envolvendo o processo das políticas gerontológicas. E para tanto, na elaboração das políticas públicas deve ser respeitado o lugar de fala do idoso quanto às demandas específicas do envelhecimento. Manuscrito I – ENVELHECIMENTO, PROMOÇÃO DA SAÚDE E POLÍTICAS PÚBLICAS: tramas, resistências e (re)existências em movimento. O objetivo deste artigo foi refletir sobre as políticas de saúde do idoso, as subjetivações do envelhecimento e as resistências e (re)existências implicadas no processo, com foco na promoção da saúde. Os resultados apontam para a desenvolução das políticas de saúde do idoso configurada num cenário agenciado por atravessamentos excludentes, em que a biopolítica opera servindo ao poder soberano instituído, se fazendo perceber por enunciados que emergem das práticas discursivas, normas e padrões sociais da cultura da pessoa velha. Com programas e estratégias de ações voltadas para a saúde que não coadunam com os princípios da democracia, visto que descartam o sujeito em condição de envelhecimento. Assim, as políticas de atenção ao idoso ainda têm muitos desafios até promover a saúde do idoso no sentido integral do conceito. Manuscrito II – SUBJETIVAÇÕES DE PERDAS NA VELHICE: tensões territoriais coexistentes. Este artigo é um desdobramento de tese de doutorado e tem como objetivo abordar as subjetivações de idosos institucionalizados sobre perdas. Para tanto, discute-se sobre a dimensão histórico cultural e socioeconômica implicadas nas subjetivações da velhice, refletindo sobre as tensões territoriais coexistentes ao processo de subjetividade dos gerontes. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem cartográfica. Os resultados apontam que as subjetivações das perdas dessas pessoas idosas são influenciadas pelas dimensões culturais, econômicas e sociais que atravessam a invenção da velhice, implicadas por razões governamentais naturalizantes das perdas na senescência. Ocorre que, para pessoas idosas institucionalizadas, tais movimentos ocorrem em contextos diferentes no que refere ao território físico das tensões coexistentes ao território-vivo da busca de sentido. Assim, pessoas idosas institucionalizadas, aos poucos, são deslocadas para um estado de morrimento social. Manuscrito III – SENTIDOS PRODUZIDOS POR IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ACERCA DE PERDAS E LUTOS: vivências marcadas por resistências e (re)existências. O objetivo deste artigo é mapear as vivências do idoso institucionalizado sobre as perdas, e analisar os modos de subjetivações produzidos na experiência do idoso(a) sobre a morte e o morrer. Trata-se de uma pesquisa de abordagem cartográfica, realizada com 13 idosos sob os cuidados de uma instituição de longa permanência para idosos. Os resultados apontam que o idoso enfrenta as perdas do corpo jovem, dos sonhos perdidos e da carreira profissional interrompida, e não somente pela morte dos entes queridos. Além disso, para os idosos institucionalizados o enlutamento é composto também pelo não convívio com a família, pela ausência dos rituais do luto, dentre outras perdas que produzem modos de subjetivação marcado pelo morrimento social. Considerações finais: Nesse sentido, as subjetivações das perdas para o idoso institucionalizado são atravessadas por relações de poder excludentes, biologizantes e disciplinar, que, arrazoadas pelo neoliberalismo, individualiza a pessoa idosa para separá-la da parcela social produtiva, jovem e saudável. Todavia, capturamos movimentos de resistências em que os idosos produzem subjetivações políticas, éticas e estéticas na tentativa do cuidado de si, que corroborados pelas políticas implementadas pela instituição parceira, rompem paradigmas e promovem encontros outros que resultam em re(existências) e novos devires, ressignificando suas vivências a partir de forças de existir que possibilitam potências de vidas marcadas por vontades de viver. |
Resumo em outro idioma: | In recent decades, there have been important changes in the population profile that have led to a rapid increase in the long-lived population, leaving public health on alert regarding the care of elderly people. In this context, this study aims to map the experiences of institutionalized elderly people in relation to losses and describe policies for coping with grief, reflecting on the rationality of governmentality involved in promoting the health of elderly people. Thus, based on the premise that the feelings involved in the elaboration of mourning in the elderly, depending on the circumstances, can result in illness, demanding implementation of public health policies aimed at contributing to the elaboration of healthy mourning, this work structures the theme of aging in the elderly. as follows: Chapter E-book - MENTAL HEALTH AND AGING IN TIMES OF COVID-19. The objective was to discuss the mental health of the elderly in the Covid-19 scenario, taking as a starting point the biological, psychological, and social factors of aging, the context of the Covid-19 pandemic and its implications for the mental health of the elderly. The results indicate that the pandemic affects the health of elderly people in a way that reduces their quality of life and well-being. Therefore, reflecting on its impacts on the mental health of the elderly is pertinent and relevant to sharpen the concerns of the scientific community, despite the damage caused by Covid-19 to the long lived population. Article I – IMPACTS OF THE COVID-19 PANDEMIC ON THE MENTAL HEALTH OF ELDERLY PEOPLE: from a health promotion perspective. The objective of this study was to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on the mental health of older adults, according to the principles of health promotion. The results suggest that the traumatic crises faced by the elderly during the pandemic culminate in psychiatric and psychological disorders such as anxiety and depression, further weakening and intensifying the suffering of this population group. Thus, the psychological impacts of the pandemic on the mental health of the elderly require an interdisciplinary approach that is tailored to their subjectivities and is therefore an emblematic issue from the point of view of health promotion. Article II – PSYCHOLOGICAL IMPACTS OF THE PANDEMIC: challenges for health education in action. The objective of this article was to discuss the relationship between the psychological impacts of Covid-19 and the emerging challenges of health education in the pandemic scenario. The results showed that the pandemic produced several psychological impacts, such as loneliness, social isolation, anxiety, post-traumatic stress, depression, among others. Furthermore, in the long term, other factors may be identified and elucidated as discussions and discoveries about the problems left by the pandemic advance. Article III - PRODUCTIONS OF VULNERABILITIES IN THE PANDEMIC AND NECROPOLITICS SCENARIO: interconnections and reflections. The objective of this article was to discuss the production of vulnerabilities in the scenario of the Covid-19 pandemic, and the possible relationships with necropolitics instrumentalized by governmentality. The results show that, in the pandemic scenario, the production of vulnerabilities is caused by the biopsychosocial impacts caused by the coronavirus, however, coping policies such as social isolation imposed as a restrictive measure against contagion have spread their effects. It is concluded that the impacts of the Covid-19 pandemic surround the most vulnerable groups, not only due to the symptomatic effects caused by the virus, but also due to the machinic arrangements of neoliberalism and its entire rhizomatic web that produces vulnerabilities. Thus, although challenges arise, attention is drawn to the importance of involving the population in the construction of public policies with a view to monitoring the processes and preventing necropolitics instrumentalized by governmentality from becoming a trend. Article IV – LOSSES AND DAMAGES DURING AGING: death of life or life of deaths? The objective of this study was to discuss losses and damages in aging. The aim is to articulate death and dying with the intersubjectivations involved in the elaboration of mourning in senescence, with a focus on promoting the health of the elderly. The results indicate that in addition to biopsychosocial factors, losses and damages for elderly people are crossed by concepts of finitude and death that are culturally intertwined with aging, which can complicate the process of mourning in elderly people and their well-being. These are speeches that are repeated reaffirming to the elderly the culture of the fragile, unproductive, and symbolically representative body of the final phase of life. Thus, considering the conceptions of death in the West and the implications to produce aging is, first, an invitation to think about “getting old” in the West as the death of life, and “being old” in the West as a life of deaths, thus signaling the need for changes in cultural attitudes. Along this path, discussing the conceptions of death in the West, articulating the subjectivities of older adults, is fundamental to understanding the subjectivities of death and the implications of mourning for the health and well-being of the elderly. Article V – AGING, WORKFORCE AND IMPLIED SUBJECTIVES: essay on care policies for seniors. The objective of this article is to discuss public policies for elderly care, and to this end, the theme of inclusion in the workforce of elderly people is articulated, and the possible developments for the well-being of elderly people. The results point to an environment in which the work forces of the elderly take place in a space that naturalizes the inactivity of the elderly. In this context, an extensive interpretation of the dimension of the micropolitical subjectivities of aging is necessary to understand the dynamics into which the elderly were pushed in the primary exercise of their citizenship. Therefore, although advances are recognized, care policies for gerontes emerge slowly, and constitute an emblematic issue from a phenomenal, procedural, and structural point of view. Therefore, it is necessary to undertake paradigmatic changes, with actions and attitudes involving the process of gerontological policies. To this end, when developing public policies, the elderly person's voice must be respected regarding the specific demands of aging. Manuscript I – AGING, HEALTH PROMOTION AND PUBLIC POLICIES: plots, resistances and (re)existences in motion. The objective of this article was to reflect on health policies for the elderly, the subjectivities of aging and the resistances and (re)existences involved in the process, with a focus on health promotion. The results point to the development of health policies for the elderly configured in a scenario managed by exclusionary crossings, in which biopolitics operates by serving the established sovereign power, making itself perceived through statements that emerge from the discursive practices, norms and social standards of the person's culture. old. With programs and strategies of actions aimed at health that do not comply with the principles of democracy, as they discard the subject in an aging condition. Thus, elderly care policies still face many challenges before promoting elderly health in the full sense of the concept. Manuscript II – SUBJECTIVATIONS OF LOSSES IN OLD AGE: coexisting territorial tensions. This article is an extension of a doctoral thesis and aims to address the subjectivities of institutionalized elderly people about losses. To this end, we discuss the historical-cultural and socioeconomic dimensions involved in the subjectivities of old age, reflecting on the territorial tensions coexisting in the process of subjectivity of gerontes. This is an exploratory and descriptive research, with a cartographic approach. The results indicate that the subjectivities of the losses of these elderly people are influenced by the cultural, economic, and social dimensions that permeate the invention of old age, implicated by governmental reasons that naturalize losses in senescence. It turns out that, for institutionalized elderly people, such movements occur in different contexts regarding the physical territory of coexisting tensions and the living territory of the search for meaning. Thus, institutionalized elderly people are gradually displaced into a state of social death. Manuscript III – MEANINGS PRODUCED BY INSTITUTIONALIZED ELDERLY PEOPLE ABOUT LOSS AND GRIEF: experiences marked by resistance and (re)existence. The objective of this article is to map the institutionalized elderly person's experiences of loss, and to analyze the modes of subjectivation produced in the elderly person's experience of death and dying. This is cartographic research, carried out with 13 elderly people under the care of a long-term care institution for the elderly. The results indicate that the elderly face the loss of a young body, lost dreams and interrupted professional careers, and not just due to the death of loved ones. Furthermore, for institutionalized elderly people, mourning is also composed of not living with family, the absence of mourning rituals, among other losses that produce modes of subjectivation marked by social death. Final considerations: In this sense, the subjectivities of losses for the institutionalized elderly are crossed by exclusionary, biologizing and disciplinary power relations, which, reasoned by neoliberalism, individualize the elderly person to separate them from the productive, young, and healthy social group. However, we captured movements of resistance in which the elderly produce political, ethical and aesthetic subjectivities in an attempt to care for themselves, which, supported by the policies implemented by the partner institution, break paradigms and promote other encounters that result in re(existences) and new becomings, giving new meaning to their experiences based on the forces of existence that enable potential lives marked by the desire to live. |
Nota: | Inclui bibliografia. |
Instituição: | Universidade de Santa Cruz do Sul |
Curso/Programa: | Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde |
Tipo de obra: | Tese de Doutorado |
Assunto: | Asilo para idosos Idosos - Assistência em instituições Saúde do idoso Promoção da saúde Morte - Aspectos psicológicos Perda (Psicologia) Luto - Aspectos psicológicos Envelhecimento - Aspectos psicológicos |
Orientador(es): | Garcia, Edna Linhares |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Mestrado e Doutorado |
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