Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/3827
Autor(es): Schroeder, Daniel Felipe
Título: Geografia e educação : as representações cartográficas do espaço enquanto estratégias geobiopolítica.
Data do documento: 2024
Resumo: A cartografia é entendida como a ciência, tecnologia e a arte de interpretar e analisar as relações espaciais por meio dos mapas, abrangendo as práticas de mapeamento e a produção de diversos documentos cartográficos. Assim, o objetivo desta dissertação de mestrado é entender como os mapas se constituem, são operados e se articulam ao que entendemos como estratégias biopolíticas, por meio do espaço, em um mundo marcado pelo compartilhamento de informações que subjetivam e educam sujeitos. Neste sentido, adotando uma abordagem pós-estruturalista, como base nos conceitos de Michel Foucault, especialmente a biopolítica, produziu-se uma desnaturalização da concepção tradicional sobre o uso dos mapas, destacando-os como produtos das práticas humanas e instrumentos de poder que moldam as percepções dos sujeitos e produzem diferentes modos de vida. Sendo assim, os mapas são tensionados e analisados, não apenas como ferramentas neutras de representação do espaço, mas que participam constantemente na produção de narrativas espaciais que se entrelaçam com as estratégias biopolíticas, influenciando os modos como os indivíduos se relacionam com o espaço e entre si. Foram analisados a partir dos conceitos foucaultianos, representações cartográficas clássicas. Além disso, a discussão envolveu não apenas mapas veiculados em formato físico/impresso, mas também, os digitais. A partir do que foi produzido, entende-se que os mapas desempenham um papel fundamental na produção, articulação e operação das estratégias biopolíticas, principalmente em um mundo onde a produção de informações ocorre de maneira global. Neste caso, estas representações, longe de meras formas de ilustrações, moldam e refletem as relações de poder de cada época, interferindo na forma como os sujeitos se entendem e entendem o espaço. O compartilhamento de informações e o acesso facilitado aos mapas, além de outros dados espaciais, produzem narrativas que podem afetar a percepção individual e coletiva sobre o espaço, produzindo conhecimentos que se atrelam ao conjunto de estratégias biopolíticas. Os mapas estão diretamente relacionados à governamentalidade, já que subjetivam e educam sobre as formas como experienciamos o espaço e constantemente o (re)produzimos.
Resumo em outro idioma: Cartography is understood as the science, technology, and art of interpreting and analyzing spatial relations through maps, encompassing mapping practices and the production of various cartographic documents. Thus, the objective of this master's dissertation is to understand how maps are constituted, operated, and articulated with what we understand as biopolitical strategies, through space, in a world marked by the sharing of information that subjectifies and educates individuals. In this sense, adopting a post-structuralist approach based on Michel Foucault's concepts, especially biopolitics, led to a denaturalization of the traditional conception of map use, highlighting them as products of human practices and instruments of power that shape individuals' perceptions and produce different ways of life. Therefore, maps are scrutinized not merely as neutral tools for spatial representation but as constantly participating in the production of spatial narratives intertwined with biopolitical strategies, influencing how individuals relate to space and to each other. Classic cartographic representations were analyzed through Foucauldian concepts. Furthermore, the discussion involved not only maps in physical/print format but also digital maps. From what was produced, it is understood that maps play a fundamental role in the production, articulation, and operation of biopolitical strategies, especially in a world where information production occurs globally. In this case, these representations, far from mere illustrations, shape and reflect power relations of each era, impacting how individuals perceive and understand space. The sharing of information and easy access to maps, along with other spatial data, generate narratives that can affect individual and collective perceptions of space, producing knowledge linked to the array of biopolitical strategies. Maps are directly related to governmentality, as they subjectify and educate about the ways we experience space and continually (re)produce it.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Programa de Pós-graduação em Educação
Tipo de obra: Dissertação de Mestrado
Assunto: Cartografia
Educação
Geografia
Mapas
Biopolítica
Orientador(es): Souza, Camilo Darsie de
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado

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