Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/4008
Autor(es): Rusch, Maiara Helena
Título: Estilo de vida, composição corporal e risco cardiovascular : relação com a aptidão cardiorrespiratória em trabalhadores rurais do interior do Rio Grande do Sul.
Data do documento: 2025
Protocolo CEP: Parecer número 4.582.264, de 09 de março de 2021; CAAE 43252721.1.0000.5343
Resumo: Introdução: Em populações rurais, baixos níveis socioeconômicos, dificuldades de acesso aos serviços de saúde e inatividade física no lazer podem repercutir na aptidão cardiorrespiratória (ACR), aumentando o risco cardiovascular. A ACR elevada pode ter um efeito protetor em trabalhadores rurais. Objetivo geral da dissertação: Analisar o estilo de vida, a composição corporal e o risco cardiovascular entre trabalhadores com diferentes níveis de ACR. Manuscrito 1: Objetivo: caracterizar as condições socioeconômicas, laborais, de saúde e presença de fatores de risco cardiovascular em trabalhadores rurais do interior do Rio Grande do Sul (RS). Métodos: Estudo transversal, descritivo, realizado com trabalhadores rurais de munícipios que integram o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo, RS. Foram coletados dados socioeconômicos e de estilo de vida por questionário; níveis de pressão arterial sistólica e diastólica com esfigmomanômetro manual; o índice de massa corporal através do cálculo (kg/m2 ); níveis de glicemia, colesterol total e triglicerídeos por exames bioquímicos; risco cardiovascular pelo escore de risco de Framingham (ERF); e a ACR foi calculada após teste ergométrico seguindo o protocolo de Bruce Modificado. Resultados: Foram estudados 99 trabalhadores rurais, 54,0% eram do sexo masculino, 63,6% tinham mais de 51 anos, 65,5% possuíam ensino fundamental incompleto, 77,7% pertenciam à classe econômica "C" e mulheres dedicavam mais horas ao trabalho doméstico. Houve predominância de inatividade física no lazer (69,7%), sobrepeso (42,3%), níveis elevados de colesterol total (66,7%) e hipertensão arterial sistólica (58,6%). Ainda, 22,2% da amostra foi classificada com ACR ?boa? e 41,8% tinham risco cardiovascular intermediário. Conclusão: Os trabalhadores rurais estudados possuíam presença de fatores de risco cardiovascular, como sedentarismo no lazer, sobrepeso, hipertensão arterial sistólica e níveis de colesterol total aumentados e mais de um terço apresentaram risco cardiovascular intermediário. Manuscrito 2: Objetivo: Analisar a associação do estilo de vida, trabalho e risco cardiovascular entre trabalhadores rurais com ACR adequada e inadequada. Métodos: Estudo transversal, analítico, com participação de 99 trabalhadores rurais, divididos em dois grupos conforme a ACR. Foram coletadas informações socioeconômicos e de estilo de vida (questionário), exame sanguíneo (colesterol total, triglicerídeos, glicemia em jejum), pressão arterial sistólica e diastólica (esfigmomanômetro manual), risco cardiovascular (Escore de Risco de Framingham) e ACR (estimada após teste de Bruce Modificado). Foi realizado teste de Qui-Quadrado para comparação entre os grupos Resultados: Houve diferença significativa entre os grupos quanto à faixa etária, quantidade de horas de sono e carga horária de trabalho, além dos níveis de PAS e PAD (p< 0,001; IC -3,823, - 0,481) foi estatisticamente significativa, indicando que, à medida que a idade aumenta, os valores de ACR diminuem. Da mesma forma, a MME (ß = 0,846; p = 0,001; IC 0,346, 1,345) foi estatisticamente significativa, mostrando que uma maior MME está associada a maiores valores de ACR. Conclusão: Há uma associação entre ACR e idade, com a ACR declinando com o avanço da idade. Além disso, foi identificada uma relação entre ACR e MME, sugerindo que o aumento da massa muscular esquelética contribui para a melhora da ACR.
Resumo em outro idioma: Introduction: In rural populations, low socioeconomic status, limited access to healthcare services, and physical inactivity during leisure time can negatively affect cardiorespiratory fitness (CRF), thereby increasing cardiovascular risk. High levels of CRF may exert a protective effect among rural workers. General Objective of the Dissertation: To analyze lifestyle, body composition, and cardiovascular risk among workers with different levels of CRF. Manuscript I. Objective: To characterize the socioeconomic, occupational, and health conditions, as well as the presence of cardiovascular risk factors among rural workers from the interior of Rio Grande do Sul (RS), Brazil. Methods: A cross-sectional, descriptive study was conducted with rural workers from municipalities that are part of the Regional Development Council of Vale do Rio Pardo, RS. Socioeconomic and lifestyle data were collected using a questionnaire; systolic and diastolic blood pressure were measured using a manual sphygmomanometer; body mass index was calculated (kg/m²); blood glucose, total cholesterol, and triglyceride levels were measured via biochemical tests; cardiovascular risk was assessed using the Framingham Risk Score (FRS); and CRF was estimated following a treadmill test based on the Modified Bruce Protocol. Results: A total of 99 rural workers participated, 54.0% of whom were male, 63.6% were over 51 years old, 65.5% had not completed elementary education, and 77.7% belonged to socioeconomic class “C.” Women spent more hours on domestic work. Physical inactivity during leisure time (69.7%), overweight (42.3%), elevated total cholesterol levels (66.7%), and systolic hypertension (58.6%) were prevalent. Furthermore, 22.2% of participants had “good” CRF, and 41.8% were classified as having intermediate cardiovascular risk. Conclusion: The rural workers studied presented several cardiovascular risk factors, including physical inactivity, overweight, systolic hypertension, and elevated total cholesterol levels, with over one-third exhibiting intermediate cardiovascular risk. Manuscript II: Objective: To analyze the association between lifestyle, work conditions, and cardiovascular risk among rural workers with adequate and inadequate CRF. Methods: A cross-sectional, analytical study was conducted with 99 rural workers, who were divided into two groups according to their CRF levels. Socioeconomic and lifestyle data were collected via questionnaire; biochemical tests measured total cholesterol, triglycerides, and fasting glucose; systolic and diastolic blood pressure were measured with a manual sphygmomanometer; cardiovascular risk was assessed using the Framingham Risk Score; and CRF was estimated following the Modified Bruce Protocol. Chi square tests were applied for group comparisons. Results: Significant differences were found between groups regarding age, hours of sleep, working hours, and systolic and diastolic blood pressure (p < 0.05). CRF showed a weak positive correlation with daily working hours (R = 0.357), and weak negative correlations with systolic blood pressure (R = -0.283), diastolic blood pressure (R = -0.202), and cardiovascular risk percentage (R = -0.224). Conclusion: Inadequate CRF was more prevalent among older rural workers and those with fewer hours of sleep, compared to those with adequate CRF. Higher CRF levels were associated with lower systolic and diastolic blood pressure and reduced cardiovascular risk. Additionally, rural workers with longer working hours demonstrated higher CRF levels. Manuscript III: Objective: To analyze the influence of skeletal muscle mass (SMM) and visceral fat area (VFA) on the CRF of rural workers from the interior of Rio Grande do Sul, Brazil. Methods: A cross-sectional, analytical study involving 99 rural workers was conducted. Socioeconomic data were collected using a questionnaire. SMM and VFA were assessed using bioelectrical impedance analysis. CRF was estimated using predictive equations following a treadmill test based on the Modified Bruce Protocol. A multiple regression model was developed to estimate CRF (L·min⁻¹), including age, sex, SMM, and VFA as independent variables. Results: The model explained 45.2% of the variance in CRF data. Age (β = -0.012; p < 0.001; CI: -3.823, -0.481) was statistically significant, indicating that CRF decreases with increasing age. Similarly, SMM (β = 0.846; p = 0.001; CI: 0.346, 1.345) was statistically significant, showing that higher SMM is associated with better CRF. Conclusion: There is an inverse association between age and CRF, with CRF declining as age increases. Additionally, an association between CRF and SMM was observed, suggesting that greater skeletal muscle mass contributes to improved CRF.
Nota: Inclui bibliografia.
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso/Programa: Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde
Tipo de obra: Dissertação de Mestrado
Assunto: Saúde do trabalhador
Estilo de vida
Doenças cardiovasculares
Orientador(es): Pohl, Hildegard Hedwig
Coorientador(es): Franke, Silvia Isabel Rech
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Mestrado e Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Maiara Helena Rusch.pdf10.94 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir    Solicitar uma cópia


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons