Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11624/4146
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorSouza, Margrid Kämpf de Azevedo e-
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.titleA identidade territorial nos processos de des-reterritorialização no contexto do desastre socioambiental de Muçum, RS.pt_BR
dc.date.issued2025-
dc.degree.localSanta Cruz do Sulpt_BR
dc.contributor.advisorFelippi, Ângela Cristina Trevisan-
dc.degree.departmentPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regionalpt_BR
dc.description.abstractThis dissertation set out to investigate the impacts of extreme weather events that occurred in Muçum, a municipality in the Taquari Valley (RS), between 2023 and 2024, and their repercussions on the territory, culture, and territorial identity of its inhabitants. The disasters caused deaths, urban destruction, population decline, and material and symbolic ruptures, constituting a socio-environmental disaster process that extends beyond the climate emergency and the initial response stages. The research sought to understand how the territorial identity of the inhabitants of Muçum affects the processes of deterritorialization and reconstruction, considering both the loss of homes, memories, and places of belonging, but also the forms of organization and re-signification. The theoretical framework articulates three axes: Cultural Studies, Cultural Geography, and Post-development epistemologies. A qualitative socio-anthropological approach was adopted as the research methodology, using ethnographic techniques such as participant observation, informal and semi-structured formal interviews, field diaries, photography and document analysis. The results indicate that the reconstruction of Muçum goes beyond the physical dimension, involving subjective and cultural processes that structure community belonging and cohesion. The disaster process can be understood as part of a global condition associated with climate change and certain development models that weaken territories. Structural vulnerabilities and the political-economic system, by not prioritizing society, expose it more acutely in contexts of crisis, characterizing “disaster capitalism.” It can be concluded that recognizing territorial identity and local cultural practices as pillars of reconstruction is fundamental to resisting the cycle of vulnerability imposed by disasters and dominant development models, opening the way for more just, endogenous, and participatory public policies.pt_BR
dc.description.notaInclui bibliografia.pt_BR
dc.subject.otherDesenvolvimento regionalpt_BR
dc.subject.otherDesastres ambientaispt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11624/4146-
dc.date.accessioned2025-12-15T17:22:43Z-
dc.date.available2025-12-15T17:22:43Z-
dc.degree.grantorUniversidade de Santa Cruz do Sulpt_BR
dc.description.resumoEsta dissertação se propôs a investigar os impactos dos eventos climáticos extremos ocorridos em Muçum, município do Vale do Taquari (RS), entre 2023 e 2024, e suas repercussões sobre o território, a cultura e a identidade territorial de seus habitantes. Os desastres provocaram mortes, destruição urbana, esvaziamento populacional e rupturas materiais e simbólicas, configurando um processo de desastre socioambiental que se prolonga para além da emergência climática e das primeiras etapas de resposta. A pesquisa buscou compreender como a identidade territorial dos habitantes de Muçum repercute nos processos de des-reterritorialização e reconstrução, considerando tanto a perda de lares, memórias e lugares de pertencimento, mas também às formas de organização e ressignificação. O referencial teórico articula três eixos: os Estudos Culturais, a Geografia Cultural e as epistemologias do Pós-desenvolvimento. Como metodologia de pesquisa, adotou-se uma abordagem qualitativa socioantropológica, com técnicas de etnografia, como observação participante, entrevistas informais e formais semi-estruturadas, diários de campo, fotografia e análise documental. Os resultados indicam que a reconstrução de Muçum ultrapassa a dimensão física, envolvendo processos subjetivos e culturais que estruturam o pertencimento e a coesão comunitária. O processo de desastre pode ser compreendido como parte de uma condição global, associada às mudanças climáticas e a determinados modelos de desenvolvimento que fragilizam os territórios. As vulnerabilidades estruturais e o sistema político-econômico, ao não priorizar a sociedade, expõe-na de forma mais aguda, em contextos de crise, caracterizando o “capitalismo de desastre”. Conclui-se que reconhecer a identidade territorial e as práticas culturais locais como pilares de reconstrução é fundamental para resistir ao ciclo de vulnerabilidade imposto pelos desastres e pelos modelos de desenvolvimento dominantes, abrindo caminhos para políticas públicas mais justas, endógenas e participativas.pt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – Mestrado e Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Margrid Kampf de Azevedo e Souza.pdf55.89 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons