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http://hdl.handle.net/11624/418
Autor(es): | Luciano, Charles Luiz Policena |
Título: | A luta do MST no capitalismo como uma prática educativa com perspectiva de desenvolvimento : a institucionalização da escola itinerante e a provisoriedade do acampamento. |
Data do documento: | 2007 |
Resumo: | O tema de pesquisa que investigamos é a educação no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nosso objetivo principal foi analisar as características e contradições das práticas educativas realizadas nos acampamentos, que visam a transformação das estruturas do capitalismo para uma nova configuração de desenvolvimento regional/local. Analisamos essas práticas no contexto das relações políticas, enfocando especialmente a questão da democracia na forma como está estruturada a organização dos sem-terra. No contexto, discutimos os conceitos sobre desenvolvimento regional, globalização e capitalismo, para apresentar o MST e conceituar classes sociais, democracia e sociedade civil. Nas análises, descrevemos as relações entre educação e Estado, e as práticas educativas do movimento. O materialismo histórico ofereceu as bases teóricas às análises e ao referencial teórico. Em termos metodológicos, através da observação participante analisamos as práticas educativas dos sem-terra em dois acampamentos. Foi possível observar o cotidiano dos acampamentos, desde as conversas informais até os eventos de âmbito estadual, e realizamos entrevistas semiestruturadas com os educadores, alunos, pais e líderes. Os resultados a que chegamos demonstram que a provisoriedade dos acampamentos é uma condição necessária para os sem-terra desenvolverem suas mobilizações. E, quando o acampamento diminui essa condição, ocorre na mesma medida a diminuição das lutas. Já, a institucionalização das lutas guarda relação com os direitos sociais conquistados pelos sem-terra, como foi o reconhecimento legal da Escola Itinerante, em 1996, pelo Estado. Neste caso, a institucionalização confere um formato ao caráter espontâneo das lutas dos sem-terra. E o Estado, ao conceder esses direitos aos trabalhadores, tende a impor normas que burocratizam as práticas sociais. Assim, a institucionalização da escola no acampamento que diminui sua provisoriedade faz com que as práticas educativas transformadoras dêem lugar à práticas mais convencionais, tornando a educação um veículo de mediação da hegemonia, sendo essa uma contradição essencial que perpassa a problemática investigada. |
Resumo em outro idioma: | The research subject that we investigate is the education in the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Our main objective was to analyze the practical characteristics and carried through contradictions of the educative ones in the encampments, that aim at the transformation of the structures of the capitalism for a new configuration of local regional development/. We analyze these practical in the context of the relations politics, focusing especially the question of the democracy in the form as the organization of the without-land is structuralized. In the context, we argue the concepts on regional development, globalization and capitalism, to present the MST and to appraise social classrooms, democracy and civil society. In the analyses, we describe the relations between education and State, and practical the educative ones of the movement. The historical materialism offered the theoretical bases to the analyses and the theoretical referencial. In metodológicos terms, through the participant comment we analyze practical the educative ones of the without-land in two encampments. It was possible to observe the daily one of the encampments, since the informal colloquies until the events of state scope, and we carry through interviews half-structuralized with the educators, pupils, parents and leaders. The results the one that we arrive demonstrate that the provisoriedade of the encampments is a condition necessary them without-land to develop its mobilizations. When the encampment diminishes this condition, occurs in the same measure the reduction of the fights. Already, the institutionalization of the fights keeps relation with the social rights conquered by the withoutland, as it was the legal recognition of the Itinerante School, in 1996, for the State. In this in case that, the institutionalization confers a format to the spontaneous character of the fights of the without-land. And, the State, when granting these rights to the workers, tends to impose norms that burocratizam practical the social ones. Thus, the institutionalization of the school in the encampment that diminishes its provisoriedade makes with that practical educative the transforming ones give place practical the most conventional ones, becoming the education a vehicle of mediation of the hegemony, being this an essential contradiction that perpassa the problematic one investigated. |
Nota: | Inclui bibliografia. |
Instituição: | Universidade de Santa Cruz do Sul |
Curso/Programa: | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional |
Tipo de obra: | Dissertação de Mestrado |
Assunto: | Capitalismo Trabalhadores rurais - Educação Desenvolvimento regional |
Orientador(es): | Viegas, Moacir Fernando |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – Mestrado e Doutorado |
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