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dc.contributor.authorCastro, Pedro Nunes de-
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.titleA argumentação cartesiana no discurso do método : uma análise retórica.pt_BR
dc.date.issued2009-
dc.degree.localSanta Cruz do Sulpt_BR
dc.contributor.advisorMolina, Jorge Alberto-
dc.degree.departmentPrograma de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.description.abstractEste trabajo analiza el Discurso del Método de Descartes a partir de la perspectiva de la teoría de la Nueva Retórica de Chaim Perelman. El análisis del texto cartesiano es realizada bajo un prisma retórico e argumentativo. Con ese objetivo se identifican los recursos retóricos usados por el filósofo francés para persuadir a sus lectores de la necesidad de adoptar el método propuesto en esa obra si se quiere buscar el conocimiento seguro. Se discute la relación entre los aspectos lógicos y los retóricos de la argumentación cartesiana y el uso en el Discurso del Método de las figuras retóricas. Como es bien sabido la Nueva Retórica de Perelman está basada en la Retórica y en los Tópicos de Aristóteles. El filósofo griego distinguió entre inferencias analíticas e inferencias dialécticas. Las primeras son parte del dominio de la ciencia, ejemplificada por la Geometría, mientras las segundas están en el campo flexible y doxológico de la Ética y la Política. La teoría de Perelman, desarrollada en el siglo XX, es adecuada para nuestro trabajo, pues ella trabaja principalmente con textos de las Ciencias humanas y de las Humanidades y no con las inferencias propias de las disciplinas científicas. Escrito en 1637, el Discurso del Método contradice el modo escolástico de hacer ciencia y expone cuatro reglas que el hombre de ciencia debe seguir para alcanzar un conocimiento que no sea dudoso. René Descartes es considerado uno de los fundadores de la Ciencia y la Filosofía modernas, y este hecho, se muestra en el Discurso, obra que rompió paradigmas consolidados. Descartes sostenía la necesidad de considerar como falso, todo lo que puede ser colocado en duda, pretendiendo anclar sobre bases sólidas el edificio del conocimiento. Pero aquí encontramos una paradoja semejante a la que reconocemos en el Tractatus de Wittgenstein. Pues el Discurso del Método funciona como una escalera que debemos arrojar afuera cuando terminemos de subir por ella. Por un lado se percibe que Descartes, en ese texto, usa estrategias argumentativas bastante difundidas dentro del discurso filosófico, y cuyo inventario ya se encuentra en la Retórica y en los Tópicos y que son propias de la argumentación que se ocupa con cosas probables o con aquellas que pueden ser de un modo u otro. Pero por otra parte el filósofo francés presenta un método que nos debería llevar a un saber demostrativo sobre cosas necesariamente verdaderas. Para persuadir a aceptar su método Descartes no podía prescindir de las técnicas argumentativas arriba mencionadas, para después, progresivamente se elevar a la esfera del saber demostrativo. No es contradictorio, por ejemplo, usar inferencias dialécticas para afirmar la importancia del discurso expresado analíticamente, y sería por otra parte audaz afirmar que la forma y el estilo del Discurso del Método entran en contradicción con el contenido de esa obra, considerado cientificista. El problema de la relación entre la forma de exposición retórica y dialéctica del Discurso y su contenido analítico y científico será discutido en este trabajo.pt_BR
dc.description.notaInclui bibliografia.pt_BR
dc.subject.otherDescartes, René, 1596-1650 - Crítica e interpretação Retóricapt_BR
dc.subject.otherRetóricapt_BR
dc.subject.otherRacionalismopt_BR
dc.subject.otherLógicapt_BR
dc.subject.otherAnálise do discursopt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11624/624-
dc.date.accessioned2015-09-10T21:21:53Z-
dc.date.available2015-09-10T21:21:53Z-
dc.degree.grantorUniversidade de Santa Cruz do Sulpt_BR
dc.description.resumoO presente estudo analisa a obra Discurso do Método, de Descartes a partir da perspectiva da Nova Retórica de Chaim Perelman. A análise do texto cartesiano é efetivada sob o prisma retórico e argumentativo. Com essa finalidade identificamos os recursos retóricos utilizados pelo filósofo francês para persuadir seus leitores da necessidade de adotar o método proposto naquela obra para buscar o conhecimento seguro. Discutimos a relação entre os aspectos lógicos e retóricos da argumentação cartesiana e o uso no Discurso do Método das figuras retóricas. Como é sabido a Nova Retórica de Perelman está embasada na Retórica e nos Tópicos de Aristóteles. O filósofo grego distinguiu os raciocínios analíticos dos dialéticos. Os primeiros fazem parte do âmbito científico, exemplificado pela Geometria, enquanto os segundos estão no campo flexível e doxológico da Ética e da Política. A teoria de Perelman, desenvolvida no século XX, é adequada para o nosso estudo, pois ela “trabalha” eminentemente com textos das Ciências Humanas e das Humanidades e não com os raciocínios das disciplinas científicas. Escrito em 1637, o Discurso do Método contradiz o modo de fazer ciência escolástico e expõe quatro regras que o cientista deve seguir para alcançar um conhecimento imune às dúvidas. René Descartes é tido como um dos fundadores da Ciência e da Filosofia modernas, e esse fato se mostra no Discurso, que causou rupturas de paradigmas consolidados. Descartes apregoava a necessidade de considerar como falso tudo que poderia ser posto em dúvida, pretendendo ancorar em bases sólidas o edifício do conhecimento. Mas nos encontramos com um paradoxo análogo àquele que encontramos no Tractatus de Wittgenstein, pois o Discurso do Método funciona como uma “escada” que devemos “jogar fora”, uma vez que temos subido por ela. Por um lado percebe-se que Descartes, naquele texto, utiliza de técnicas argumentativas bastante difundidas, cujo inventário se encontra na Retórica e nos Tópicos, e que são próprias da argumentação sobre coisas prováveis ou sobre aquelas que podem ser de um modo ou de outro. Mas por outra parte, o autor francês apresenta um método que nos deveria levar a um saber demonstrativo sobre coisas necessariamente verdadeiras. Para persuadir a aceitar o seu método, Descartes não podia prescindir das técnicas argumentativas acima mencionadas, para depois disso progressivamente, alçar-se à esfera do saber demonstrativo. Não é contraditório, por exemplo, utilizar-se dos raciocínios dialéticos para afirmar a importância dos raciocínios analíticos, e seria audacioso afirmar que a forma e o estilo do Discurso do Método entram em colisão com o conteúdo dessa obra, tido como cientificista. A questão da relação entre a forma de exposição retórico-dialética do Discurso e seu conteúdo analítico-científico será discutida nesse trabalho.pt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Letras – Mestrado e Doutorado

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