Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11624/742
Autor(es): | Eisenkraemer, Raquel Eloísa |
Título: | Armadilhas cognitivas : a construção de memórias verdadeiras e falsas durante a leitura. |
Data do documento: | 2008 |
Resumo: | O interesse nos estudos da falsificação da memória, na capacidade de recordar eventos que na realidade não ocorreram vem crescendo. Quando conversamos com outras pessoas, ou somos interrogados sugestivamente, ou lemos ou vemos a cobertura da mídia sobre algum evento, e até mesmo, quando experienciamos algum fato de fundo emocional forte, estamos sujeitos a informações enganosas, que têm o potencial de invadir nossas recordações. Até que ponto podemos confiar nas memórias construídas a partir da leitura? Esta pesquisa visou investigar como as falsas memórias podem surgir na leitura e qual a sua relação com o conhecimento prévio dos leitores. Foram coletados dados em dois grupos: um formado por vinte acadêmicos de Letras (denominado CP+: Conhecimento Prévio Maior) e outro por vinte alunos da Educação de Jovens e Adultos/EJA, do Ensino Fundamental (CP-: Conhecimento Prévio Menor). Os sujeitos leram um texto, realizaram uma tarefa de distração e, em seguida, resolveram um teste de memória de reconhecimento imediato constituído de questões de múltipla escolha (ME) e de verdadeiro e falso (VF), ambos envolvendo itens-alvo (AL), distratores críticos (DC) e distratores não-relacionados (DNR). Os dados coletados foram tratados através de análise qualitativa e quantitativa (ANOVA). Os resultados apontaram diferenças no índice de falsas memórias entre os grupos e entre o tipo de atividade proposto. Nas questões de ME, a média de aceitação de itens AL foi semelhante para CP- e CP+. Já a média de aceitação de DC no grupo CP+ foi muito acima que no grupo CP-, isso quer dizer que houve mais falsas memórias no grupo CP+; a média de aceitação de DNR por CP- foi muito maior. Nas questões VF, a média de aceitação de AL é semelhante nos dois grupos; quanto à aceitação de DC, a média de falsas memórias cai no grupo CP+ e aumenta no grupo CP-, além disso, aumenta a média de aceitação de DNR do grupo CP+ em relação às questões de ME, assim, nessas atividades, CP+ demonstrou uma maior média de respostas sem base mnemônica que no outro bloco. O conhecimento prévio do leitor parece interferir na emergência de falsas memórias num maior ou menor nível, dependendo de quanto esse conhecimento prévio está relacionado ao tema da leitura. |
Resumo em outro idioma: | There is a growing interest in the study of memory falsification – the capacity of recalling events that did not actually occur. When we talk with people, hear inducing questions, read or hear media coverage about events, or even when we experience strong emotions, we are subject to false information with the potential to interfere in our memories. Up to what extent can we trust our memories built from readings? This research seeks to investigate how false memories can be created from reading and their relation with the reader’s previous knowledge. Data were collected from two groups: one made up of twenty college students majoring in languages, and the other made up of young adults getting their late elementary education. The subjects read a text, performed a distracting activity, and immediately after were submitted to a memory quick recollection test made up of multiple-choice (ME) and false vs. true (VF) questions referring to target items (AL), critical distracting items (DC), and unrelated distracting items (DNR). The data collected were analyzed qualitatively and quantitatively through ANOVA. The results show differences in the false memory levels across the groups and kinds of activities proposed. The average acceptance of AL items in ME questions was similar for CP- (level of previous knowledge for subjects without college education) and CP+ (level of previous knowledge for subjects with college education). The average acceptance of DC in the CP+ group was well above that of the CP-. This means that there were more false memories in the CP+; the DNR acceptance average in the CP- group was significantly higher. In VF questions the average AL acceptance is similar for the two groups; but for DC acceptance the false memories average drops in the CP+ group and increases in the CP- group. In addition, the DNR acceptance average increases in the CP+ group. Therefore, in these activities CP+ demonstrated a higher average of answers without mnemonic basis than the other group. We conclude that the reader's previous knowledge seems to interfere in the emergence of false memories in a higher or lesser degree, depending on how related this previous knowledge is to the subject of the text. |
Nota: | Inclui bibliografia. |
Instituição: | Universidade de Santa Cruz do Sul |
Curso/Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Tipo de obra: | Dissertação de Mestrado |
Assunto: | Memória Distúrbios da memória Leitura Cognição |
Orientador(es): | Gabriel, Rosângela |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Letras – Mestrado e Doutorado |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
RaquelEisenkraemer.pdf | 175.25 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons