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http://hdl.handle.net/11624/777
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Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Machado, Niqueli Streck | - |
dc.type | Dissertação de Mestrado | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.title | A ação docente de documentar na educação infantil. | pt_BR |
dc.date.issued | 2014 | - |
dc.degree.local | Santa Cruz do Sul | pt_BR |
dc.contributor.advisor | Richter, Sandra Regina Simonis | - |
dc.degree.department | Programa de Pós-Graduação em Educação | pt_BR |
dc.description.abstract | Apresento, neste estudo, reflexões decorrentes de uma investigação da experiência de quatro docentes em suas relações com a ação de documentar seus encontros com crianças de três a seis anos de idade, na escola de Educação Infantil do SESC – Sesquinho, no município de Cachoeira do Sul – RS. O objetivo foi compreender a ação docente de registro e documentação na educação infantil, dialogando acerca de como narram as histórias vividas, como se constituem docentes enquanto as narram, como essas narrativas podem contribuir para pensar modos de viver com as crianças, como estes docentes compreendem esse encontro, e como acontece a ação de narrar o encontro do adulto com a criança pequena para que essa história possa ser compartilhada. Seguindo uma abordagem fenomenológica, sustentada no pensamento de Merleau-Ponty, pude configurar a pesquisa como uma investigação narrativa na qual procurei, desde o início, adotar uma atitude filosófica. Para tanto, aproximei o conceito de criança competente e interlocutora, ativa, com a ideia de uma poética da infância, tanto como um modo de ser afetado e de estar no mundo, quanto de experiência como potência e possibilidade. O enfoque na documentação pedagógica se deu, entre outros, pelo fato de que a mesma favorece a transição da concepção escolar de avaliar resultados prévios para o de acompanhar processos imprevisíveis. A documentação pedagógica implica a sistematização do trabalho docente, a produção de memórias acerca da experiência, a seleção e a organização de diferentes tipos de registros. Dos encontros com os docentes emergiram princípios que contribuem para conceber a documentação pedagógica como uma abordagem que convoca a pensar uma docência que afirma a alteridade, que tenha tempo para a experiência do encontro no cotidiano, que escuta, que aprenda a narrar e que, portanto, toma a palavra como acontecimento. As reflexões apontam uma afirmação da alteridade que compreende a infância como o que nos escapa e que implica nos colocarmos em seu devir para poder escutar. Também indicam o tempo para a experiência do encontro no cotidiano como um modo de se deixar afetar e produzir afetos, percebendo a escola como lugar de encontro de pessoas e de ideias; e uma escuta como disposição permanente ao outro, ao imprevisto, ao desconhecido, que pode nos transformar. Permitiram, ainda, compreender que aprender a narrar a partir da ideia de uma docência que busca nomear o vivido, faz emergir a ação poética que funda sentidos na experiência do encontro. As histórias escritas pelos participantes afirmam a compreensão de uma ação docente com crianças pequenas enquanto fenômeno educativo de ação ética. E, isto levou a perceber que registrar e documentar narrando a ação pedagógica torna visível o fenômeno educativo que ali acontece e que merece ser contado de diferentes modos, com distintas vozes e pontos de vista. Assim, pude pensar a educação infantil como uma educação possível de ser narrada e que pode legitimar a possibilidade do encontro e atentar para a narrativa deste fenômeno como algo que constitui e singulariza uma docência com crianças pequenas. Uma docência que, ao aprender a nomear experiências pelo ato poético da narrativa, torna a palavra um acontecimento. | pt_BR |
dc.description.nota | Inclui bibliografia. | pt_BR |
dc.subject.other | Educação de crianças | pt_BR |
dc.subject.other | Prática de ensino | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/11624/777 | - |
dc.date.accessioned | 2015-10-14T12:00:12Z | - |
dc.date.available | 2015-10-14T12:00:12Z | - |
dc.degree.grantor | Universidade de Santa Cruz do Sul | pt_BR |
dc.description.resumo | Apresento, neste estudo, reflexões decorrentes de uma investigação da experiência de quatro docentes em suas relações com a ação de documentar seus encontros com crianças de três a seis anos de idade, na escola de Educação Infantil do SESC - Sesquinho, no município de Cachoeira do Sul - RS. O objetivo foi compreender a ação docente de registro e documentação na educação infantil, dialogando acerca de como narram as histórias vividas, como se constituem docentes enquanto as narram, como essas narrativas podem contribuir para pensar modos de viver com as crianças, como estes docentes compreendem esse encontro, e como acontece a ação de narrar o encontro do adulto com a criança pequena para que essa história possa ser compartilhada. Seguindo uma abordagem fenomenológica, sustentada no pensamento de Merleau-Ponty, pude configurar a pesquisa como uma investigação narrativa na qual procurei, desde o início, adotar uma atitude filosófica. Para tanto, aproximei o conceito de criança competente e interlocutora, ativa, com a ideia de uma poética da infância, tanto como um modo de ser afetado e de estar no mundo, quanto de experiência como potência e possibilidade. O enfoque na documentação pedagógica se deu, entre outros, pelo fato de que a mesma favorece a transição da concepção escolar de avaliar resultados prévios para o de acompanhar processos imprevisíveis. A documentação pedagógica implica a sistematização do trabalho docente, a produção de memórias acerca da experiência, a seleção e a organização de diferentes tipos de registros. Dos encontros com os docentes emergiram princípios que contribuem para conceber a documentação pedagógica como uma abordagem que convoca a pensar uma docência que afirma a alteridade, que tenha tempo para a experiência do encontro no cotidiano, que escuta, que aprenda a narrar e que, portanto, toma a palavra como acontecimento. As reflexões apontam uma afirmação da alteridade que compreende a infância como o que nos escapa e que implica nos colocarmos em seu devir para poder escutar. Também indicam o tempo para a experiência do encontro no cotidiano como um modo de se deixar afetar e produzir afetos, percebendo a escola como lugar de encontro de pessoas e de ideias; e uma escuta como disposição permanente ao outro, ao imprevisto, ao desconhecido, que pode nos transformar. Permitiram, ainda, compreender que aprender a narrar a partir da ideia de uma docência que busca nomear o vivido, faz emergir a ação poética que funda sentidos na experiência do encontro. As histórias escritas pelos participantes afirmam a compreensão de uma ação docente com crianças pequenas enquanto fenômeno educativo de ação ética. E, isto levou a perceber que registrar e documentar narrando a ação pedagógica torna visível o fenômeno educativo que ali acontece e que merece ser contado de diferentes modos, com distintas vozes e pontos de vista. Assim, pude pensar a educação infantil como uma educação possível de ser narrada e que pode legitimar a possibilidade do encontro e atentar para a narrativa deste fenômeno como algo que constitui e singulariza uma docência com crianças pequenas. Uma docência que, ao aprender a nomear experiências pelo ato poético da narrativa, torna a palavra um acontecimento. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado |
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